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Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #83

Ty Segall, Wiz Khalifa, Jojo Maronttinni e raiva contra o rock na última playlist de Copa do Mundo de 2018 😢.

Fala turma.

Acabou a Copa. Ainda não acabou, mas acabou. Acabou o expediente meio período, a fé no pé, o jogo às 9h, às 12h e às 15h. Sobram os jogos finais mais desinteressantes de todos os tempos, e aí volta tudo a ser como era antes, só que pior, porque vai estar mais frio.

Acerca dos lançamentos, a galera ainda tá fazendo meio expediente, o que pra mim só pode significar que o fut entrou de vez nos EUA e tá todo mundo deixando o trabalho pra depois. Ou pode ser as férias de verão, mas aí não tem como eu saber.

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Findo esses dois parágrafos de pura enrolação feito apenas pra encher texto, fique com a listinha do que saiu essa semana:

----AS MELHORES----

Ty Segall & White Fence - "Body Behavior"
Vou confessar que fui conhecer o som do Ty Segall há pouquíssimo tempo. Também não venha ler essa coluna achando que sou algum tipo de ENCICLOPÉDIA MUSICAL, que é mó caô esses papos na verdade. Conhecer novos sons é daora, pratique você também. Voltando pro single: música na ondinha psicodélica 60's muito da maneira. Bem indicado.

Dirty Projectors - Lamp Lit Prose
A dúvida que sempre me vem à cabeça quando lançam dois discos no intervalo de um ano é “deve ser só as sobras do outro disco”. Mas não é o caso aqui. Pelo menos é uma parada bem diferente do Dirty Projectors, do ano passado. É mais “simples”, se for pensar que no anterior era cheio de alteração de pitch e efeitinho eletrônico. E os papo parece ser menos dodói também. Tá mais praquelas bonitinha de violão fase Rise Above e Bitte Orca. É um bom disco, mas na primeira audição fica abaixo de todos esses que citei. Mas é um bom disco. Joia.

Wiz Khalifa - Rolling Papers 2
25 músicas. 1h20 de duração. Pra quê, eu não sei. Uma imensa fatia disso aí é altamente dispensável, e tem as boas espalhadas ao longo do disco. Como se o artista quisesse fazer uma grande gincana pra desafiar qualquer pessoa minimamente interessada em ouvir um disco na íntegra, esse costume do passado. Como se fosse “olha, eu fiz um bom disco de 12 músicas, MAS não é tão fácil a vida assim. Eu misturei com outras 13 músicas bem meia boca e caberá a você, aventureiro, saber identificar qual é qual”. Poderia ser um BOM disco de dez músicas, tal qual o anterior, Laugh Now, Fly Later. Porém optou fazer um de VINTE E CINCO músicas que dificilmente ouvirei isso tudo aí novamente.

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Lotic - Power
EDM experimental que, no fim das contas, obviamente, é tudo Björk. Só que sem a Björk. Nada contra, inclusive apoio, porém pra mim fica difícil ouvir um disco desse na íntegra, porque a vontade é de parar e ir ouvir a Björk mesmo. De resto não gostei das faixas com vocal, mas são bem poucas, umas 4, por aí. Interessante e pá.

----OUTRAS QUE TÃO BOAZINHAS ATÉ----

Jojo Maronttinni - "Arrasou Viado"
Jojo pós-”Que Tiro Foi Esse” tá sendo só escolha certa. Base & batida show. Tem potencial pra ir bem nos #charts.

Wesley Safadão - "Sortudo"
Bom forrózão. Tenho lá meus problemas quando o forró tem muita produçãozinha em cima, mas nem é o caso de falar que houve excesso aqui.

Childish Gambino - Summer Pack
EPzinho de duas músicas que ok, suinguinho bem na moral, bem R&B as meio que romântica, mas nenhuma me pegou de fato. Ouvi e “é tá aí o som do cara aí, olha aí o som do Childish”, e foi só isso mesmo. “Feels Like Summer” eu gostei mais. A outra, sinceramente, ok só.

Ariana Grande - "God is a woman"
Ok. Pop que parece que tá com medo de ser trap. Umas batida muito limpinha, efeitos muito limpinhos, muito pop mainstream, mas a estrutura é trap. Ok o som aí.

Brockhampton - “1999 Wildfire”
Base raps bem na moral quase que pop boyband (o final fica bem pop boyband). É boazinha e tal, mas nada grandes coisas.

Mary J. Blige - “Only Love”
Tem essa vibezinha disco que realmente dá uma animada de ouvir. Tá muito longe de ser uma obra de grandes destaques, mas ao menos dá o UP. É boa.

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The Internet - “La Di Da”
Ouvi, reouvi, re-reouvi e num pegou foi nada. Tem lá sua base suingadinha, vocal feminino muito do bonitinho, mas é tudo muito senso comum pra despertar qualquer coisa. É boazinha e é isso aí.

----AS QUE NÃO FICARAM BOAS NÃO----

Mudhoney - “Paranoid Core”
Ah mano, é um rock aí bem do Mudhoney. Ok, legalzinho, mas sinceramente tinha ouvido a música que o CPM22 e os Raimundos gravaram em conjunto por causa do (ASPAS) “Dia Mundial do Rock” e agora quero que todo o rock vá pra dentro do buraco. E depois nóis cimenta o rock. Raiva desse single (do single brasileiro. Mudhoney é apenas tiozinhos adolescentes no som. Mas a raiva é do rock também, porque causou isso tudo).

Black Eyed Peas - “Get It”
Uma das músicas de 3m30s mais longas que já ouvi na vida. Parecia que não iria acabar nunca. Infelizmente sigo botando expectativa no Will.I.Am mesmo após anos e anos e anos de decepção. Base fraquinha, vocal não encaixa direito, vários erros nessa música. Ruinzinha.

Estelle - “Better”
Baladinha pop até que ok, mas já tem TANTA música assim no mundo já que meu deus do céu pra que mais. Gravasse uma cover então. Sei lá, Dia do Rock, num tô legal não. Musiquinha okzinha.

Metric - “Dark Saturday”
Rockinho bem bobildo. Qualquer comentário além é desnecessário.

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