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Música

O ^L_ assume seu lado niilista em ‘The Outsider’

Depois do machucado ‘Love is Hell’, o produtor brasiliense deixa o romance de lado em novo EP.

Há quase dois anos, o brasiliense Luis Fernando relançava seu primeiro EP pelo selo ANTIME, catálogo de techno experimental de Berlim. O torturado Love Is Hell refletia, como explicado pelo próprio, um lado "melancólico, confuso e raivoso" do produtor. Depois de seu relançamento, Luis, ou ^L_ (control L), saiu em turnê pela Alemanha com seu companheiro de selo, o mexicano AAAA. O contato com o techno cabeça, reto e rápido de tal parte da Europa certamente influenciou o produtor e se reflete em seu novo lançamento, The Outsider.

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Leia: O ^L_ Está Relançando o EP 'Love Is Hell' na Alemanha

The Outsider é não somente mais minimalista e dançante que Love Is Hell, como também mais introspectivo, coeso e profundo. Luis explica: "Outsider é um disco niilista. Não me considero pessimista, e sim indiferente." É como se os discos formassem uma perfeita sequência de desilusão amorosa: depois das decepções e desesperanças expressadas em Love Is Hell, Outsider reflete aquele torpor e insensibilidade que sentimos após finalmente subirmos do fundo do poço.

O disco tem duas canções chave posicionadas lado a lado na tracklist: a primeira é "She just loves me because she doesn't live with me", que, segundo Luis, é a música mais pessoal de Outsider: "Após o Love Is Hell, tive um aprendizado importante: cheguei à conclusão que não sou tão fácil de conviver. Tenho mais defeitos do que eu imaginava." A canção ganhou um clipe de animação que acompanha a trajetória de um samurai que enfrenta uma criatura desconhecida e perigosa — uma reflexão da visão de Luis de seus relacionamentos amorosos e amizades, "num sentido amplo".

Já a faixa seguinte, "Outsider", apresenta o único sampler do disco todo: um fragmento de um discurso do autor David Foster Wallace, This is Water, feito em 2005 na colação de grau do Kenyon College de Ohio, EUA. Juntamente com Foster Wallace, o produtor cita outros três autores fundamentais para a concepção do disco: Colin Wilson — cuja principal obra leva o título The Outsider — Thomas Pynchon, e J. D. Salinger. "Todos eles tratam de temas como ciência, ideologias, fatalismo… E como tudo isso nos fez entrar numa bolha de solidão e individualismo. E é aí que surge o tema "outsider": como somos escravos da nossa própria ironia, como nos tornamos alienados", conclui Luis.

Escute o disco abaixo:

Há quase dois anos, o brasiliense Luis Fernando relançava seu primeiro EP pelo selo ANTIME, catálogo de techno experimental de Berlim. O torturado Love Is Hell refletia, como explicado pelo próprio, um lado "melancólico, confuso e raivoso" do produtor. Depois de seu relançamento, Luis, ou ^L_ (control L), saiu em turnê pela Alemanha com seu companheiro de selo, o mexicano AAAA. O contato com o techno cabeça, reto e rápido de tal parte da Europa certamente influenciou o produtor e se reflete em seu novo lançamento, The Outsider.

Leia: O ^L_ Está Relançando o EP 'Love Is Hell' na Alemanha

The Outsider é não somente mais minimalista e dançante que Love Is Hell, como também mais introspectivo, coeso e profundo. Luis explica: "Outsider é um disco niilista. Não me considero pessimista, e sim indiferente." É como se os discos formassem uma perfeita sequência de desilusão amorosa: depois das decepções e desesperanças expressadas em Love Is Hell, Outsider reflete aquele torpor e insensibilidade que sentimos após finalmente subirmos do fundo do poço.

O disco tem duas canções chave posicionadas lado a lado na tracklist: a primeira é "She just loves me because she doesn't live with me", que, segundo Luis, é a música mais pessoal de Outsider: "Após o Love Is Hell, tive um aprendizado importante: cheguei à conclusão que não sou tão fácil de conviver. Tenho mais defeitos do que eu imaginava." A canção ganhou um clipe de animação que acompanha a trajetória de um samurai que enfrenta uma criatura desconhecida e perigosa — uma reflexão da visão de Luis de seus relacionamentos amorosos e amizades, "num sentido amplo".

Já a faixa seguinte, "Outsider", apresenta o único sampler do disco todo: um fragmento de um discurso do autor David Foster Wallace, This is Water, feito em 2005 na colação de grau do Kenyon College de Ohio, EUA. Juntamente com Foster Wallace, o produtor cita outros três autores fundamentais para a concepção do disco: Colin Wilson — cuja principal obra leva o título The Outsider — Thomas Pynchon, e J. D. Salinger. "Todos eles tratam de temas como ciência, ideologias, fatalismo... E como tudo isso nos fez entrar numa bolha de solidão e individualismo. E é aí que surge o tema "outsider": como somos escravos da nossa própria ironia, como nos tornamos alienados", conclui Luis.

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