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Travesti foi morta após linchamento em Fortaleza

O caso ocorreu em fevereiro de 2016 e veio à tona após o vídeo da agressão ser compartilhado nas redes sociais.

Imagem: Reprodução - TV Verdes Mares/Rede Globo.

No Brasil, a comunidade T (transgêneros, transexuais e travestis) ainda é alvo de ataques que constituem uma cruel estatística: nosso país lidera o ranking de morte de LGBTs no mundo.

No Ceará, a história se repete: a travesti Dandara dos Santos, de 42 anos, sofreu um linchamento físico no bairro de Bom Jardim, região periférica de Fortaleza, quando foi atacada por homens com pauladas e tapas. Além da agressão, a travesti foi morta a tiros, na tarde do dia 15 de fevereiro. A agressão foi filmada e compartilhada pelas redes sociais.

LEIA: Quem a transfobia matou no Brasil em 2016?

Segundo noticiado pelo G1, os dois suspeitos por atirar em Dandara foram presos entre segunda (6) e terça-feira (7) desta semana. Entre eles, estava o responsável pela gravação do vídeo. O caso está sob investigação do 32º Distrito Policial na capital cearense. O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, delegado André Costa afirma que um dos presos é traficante e tem passagem pela polícia. A partir do que for apurado, diz o delegado, haverá qualificação do crime.

O coletivo Fórum Cearense LGBT, Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB) e o Conselho Municipal dos Direitos Humanos da população LGBT de Fortaleza realizarão na tarde desta sexta-feira (10) um ato público em frente a sede do Governo do Estado de Fortaleza como forma de repúdio contra o crime cometido contra Dandara e outras pessoas LGBT. A ideia do ato é cobrar mais garantias por parte do governantes estaduais e municipais à comunidade LGBT.

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