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Música

Os 50 Melhores Discos de 2014 | 11 - 20

The Bug, Clark, Chet Faker e Todd Terje conquistam seus lugares perto do topo da lista.

20. The Bug | Angels and Devils [Ninja Tune]

Kevin Martin (The Bug) afirmou que um dos seus motivos velados para fazer música é alterar permanente a consciência alheia através do som. Em Angels and Devils – seu primeiro lançamento em seis anos – Martin chega bem perto disso. O disco é dividido em duas partes. A primeira é uma série de colaborações mais contidas e etéreas com Liz Harris, do Grouper, Copeland e Miss Red. A segunda, um ataque histérico com as elementos do grime, dancehall e dubstep. (Duas canções nesta parte receberam os títulos "Fuck a Bitch" e "Fuck You"). A porrada vem pra quem espera. (ML)

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19. Röyksopp & Robyn | Do It Again [Dog Triumph]

Após parcerias anteriores como em "The Girl and the Robot" do Röyksopp, a dupla norueguesa junto com a estrela pop sueca gravaram este EP como uma desculpa para fazer uma turnê juntos. Turnê essa que virou uma extensão de celebrações do orgulho gay por toda a América do Norte durante o último verão, ainda que boa parte deste EP seja menos música de festa e mais prosa musical emotiva. A faixa-título de alguma forma incute grande intensidade em letras que de outra forma seriam inócuas no meio desta coleção, que se encerra com duas músicas ambiciosas (e longas) que cativam e arrebatam. Com meros 35 minutos, o álbum acaba rápido até demais, mas a brevidade talvez aumente o apelo de Do It Again, atraindo ouvintes que sabem que este tipo de colaboração é rara e especial, e no caso de Röyksopp, um de seus penúltimos atos. (ZM)

18. Little Dragon | Nabuma Rubberband [Because]

Desde o seu primeiro lançamento em 2006, o quarteto sueco Little Dragon tem agraciado nossos ouvidos com uma mistura deliciosa de vocais de tirar o fôlego (tudo culpa da vibrate frontwoman Yukimi Nagono) junto a ritmos eletrônicos cativantes e, eventualmente, gélidos. Para o seu muito guardado quarto disco de estúdio, Nabuma Rubberband, o grupo dá ênfase ao soul  em um de seus lançamentos mais tentadores até então, canalizando de tudo desde Prince e Janet Jackson a doses de trip-hop dos anos 90. O disco rendeu até mesmo uma indicação ao Grammy por Melhor Disco de Dance/Música Eletrônica, o que só confirma que este é o melhor trabalho do Little Dragon até então. (DG)

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17. Basement Jaxx | Junto [Atlantic Jaxx/PIAS]

Nos 15 anos que se passaram desde o primeiro disco do Basement Jaxx, Remedy, o mundo da música eletrônica mudou menos do que pensamos. Um exemplo disso é o sexto disco da dupla britânica, Junto, lançado de forma independente, calcado nas mesmas características de seu primeiro disco: ganchos contagiantes, quebradas e muita esquisitice entre um e outro som. Como cada um de seus álbuns, este começa com um folguedo, chegando com tudo cheio de batidas. É a união da estranheza sonora e o pop que definiu o som do Jaxx e Junto segue essa receita da forma mais alegre possível. Faixas como "Unicorn" e "Mermaid of Salinas" são festas mundiais em praias interplanetárias. Depois de duas décadas juntos, o Basement Jaxx ainda é uma banda que não tem medo de se divertir, mas que é inteligente demais para parece insípida. (ZM)

16. Todd Terje | It's Album Time [Olsen Records]

Todd Terje tem nos banhado com sua feitiçaria sueca há anos, mas de alguma maneira nunca tinha lançado um álbum completo até então. Em 2014 isso mudou quando ele finalmente apareceu com o esperado It's Album Time. Organizado perfeitamente e cheio de seu amado modus operandi com faixas leves, alegres e repletas de sintetizadores, esse é um daqueles discos que assim que te pega, você deseja que não acabe. (E se você continuar com um copo cheio daquela bebida refrescante e tropical, talvez nem precise acabar). O álbum conta com singles lançados anteriormente como "Inspector Norse"  e "Strandbar", e inéditas como o brilhante hino tropical "Delorean Dynamite". Nem tente fingir que consegue ouvir esse sem sorrir. Todd não gostaria disso. (DG)

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15. ODESZA | In Return [Counter Records]

O segundo disco da dupla de Seattle depois de ter chegado à ribalta em 2012 os revela aperfeiçoando ainda mais sua estética imediatamente distinta: as batidas são do hip hop, os vocais puro pop, os tons eletrônicos e o clima imensamente pra cima. Faixas como "Say My Name" com a jovem da música britânica Zyra e "All We Need" com a vocalista de Portland Shy Girls juntam o clima de pista com muito açúcar, e ao juntar esses elementos, certamente eles viraram as trilhas sonoras de muitas sessões de amassos em dormitórios universitários. Nada mal. (JK)

14. Simian Mobile Disco | Whorl  [Simian Mobile Disco]

O Simian Mobile Disco continuou seu ataque às convenções na dance music ao terem gravado ao vivo Whorl em uma cidade fantasma perto de Joshua Tree, na Califórnia, neste último verão. O disco, composto inteiramente com sintetizadores analógicos, flutua em sons ambientes antes de ganhar vida em vibrante techno-color. Faixas como "Hypnick Jerk" e "Jam Side Up" mostram o Simian em sua melhor e mais grandiosa forma, mas o disco como tudo que eles fazem cai bem sem esforço algum. A dupla é inconteste na esfera do indie-techno feito ao vivo, ainda mais em uma cidade fantasma criada por eles mesmos. (JK)

13. Clark | Clark [Warp]

"Mais Berghain do que Guggenheim" foi como a gravadora do Clark, a seminal Warp, descreveu seu lançamento mais recente e mais teatral até então. Enquanto é óbvio que o techno pulverizante de Clark soaria confortável entre as paredes frias de concreto de boates em Berlim, há diversos momentos de beleza poética semi-narrativa neste disco também. Isto fica mais claro na primeira faixa, "Ship is Flooding", na qual órgãos góticos e sopros zurrando conjuram um naufrágio cataclísmico. Independentemente de você estar dançando em uma casa noturna ou deitado na cama com fones de ouvido, Clark te dá o que você precisa sem exigir muito comprometimento. (ML)

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12: Chet Faker | Built On Glass [Future Classic]

é o equivalente de estúdio a uma tarde de domingo sozinho em casa. É o grelhar sorumbático de um misto-quente e o suspirar através de uma janela coberta de pingos da chuva lá fora. É também a introdução do Chet Faker a um público mais amplo nos EUA e um resumo de toda a emoção pura que fizeram seus fãs pegar amor pelo australiano. Em , o primeiro álbum de estúdio de Faker, ele provou ter o que é preciso para criar algo coerente e convincente, com o qual as pessoas podem se relacionar, mas que ainda assim soa distante. É uma ode atemporal a amores perdidos a serem estimados até o fim de seus dias. (ZR0

11: Tourist | Patterns EP [Monday Records]

O EP de quatro faixas (mais um remix) do Tourist, Patterns EP, será lembrado por anos como o ponto de formação em sua carreira musical. Este EP se separou das estruturas cheias de fórmula e familiares das quais ele dependia durante sua ascensão como parte da cena Disclosure, criando assim um novo som para o artista londrino. O sucesso gigantesco de "I Can't Keep Up," uma das faixas de dance music mais tocadas do ano, pavimentou o caminho para as emotivas "Patterns," "Trust In You," e "Together." Sim, ele também ajudou a compor a monstruosa "Stay With Me" de Sam Smith, mas é o Patterns EP que distinguiu o Tourist dos milhares de artistas de house e ainda mostrou ao mundo do que ele é capaz no futuro. (ZR)

THUMP staff: Zel McCarthyJemayel KhawajaMichelle LhooqDavid GarberZiad Ramley e Joel Fowler.

Veja a eleição completa dos discos do ano:
No. 50-41
No. 40-31 
No. 30-21 
No. 10-1