O mercado de heroína dos EUA está destruindo as florestas tropicais
Imagem por Jennifer Ilett/Motherboard

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O mercado de heroína dos EUA está destruindo as florestas tropicais

Embora o fenômeno do narco-desmatamento seja um velho conhecido, o crescimento da venda de opiáceos e analgésicos vem piorando — e muito — a situação das florestas tropicais.

As florestas do norte da Guatemala são um dos habitats mais biodiversos ao norte da Amazônia. No entanto, esse bioma, um dos últimos refúgios de espécimes como onças-pintadas, antas e araras-vermelhas, está sendo destruído de forma sistemática.

Um grande número de fatores contribui para o desmatamento na região, mas, ao contrário de outros, o crescente impacto ambiental do tráfico de drogas pode ser mensurado. Traficantes de drogas dominaram a região, tomaram terras e derrubaram árvores para construir pistas de pouso e fazendas usadas para lavagem de dinheiro. O narco-desmatamento, como a prática é conhecida, é um problema muito antigo, mas a epidemia de opiáceos que atualmente aflige o continente americano está piorando — e muito — a situação.

Embora essa relação ainda não tenha sido tema de estudos, dados de organizações pró-conservação, agências de controle de drogas e pesquisas do campo da saúde indicam que nosso vício em analgésicos está acelerando a destruição desse precioso ecossistema.

Nos EUA, o crescimento do vício em medicamentos como o OxyContin vem abrindo as portas para o tráfico de heroína, cuja composição química é quase idêntica a de opiáceos vendidos em farmácias. A heroína costuma ser mais barata do que remédios de tarja preta, além de mais potente e de fácil acesso.

Com o crescimento da demanda por heroína no território norte-americano, os cartéis da América Central e do Sul têm ainda mais motivos para desmatar as florestas tropicais de seus países. Estatísticas mostram que o desmatamento está crescendo de forma proporcional ao aumento da procura por heroína.

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