A Beth voltou pras paradas, agora como musa do funk carioca

Depois de "Bumbum Granada", hit dos fluxos de São Paulo que ganhou o Brasil, agora é a vez do Rio de Janeiro emplacar um funk nacionalmente. "Não fala da Beth", obra do MC Saci do Pira já estourou na capital fluminense e tem tudo para conquistar uma legião de ouvintes pelo país — o MC, pra você ter uma ideia, tem shows marcados em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo e o som de sua autoria já virou pagode baiano numa versão da banda La Fúria.

Segundo Tecyo Queiroz, um dos mais antigos e conceituados DJs e produtores de funk de São Paulo, "a galera já canta a música nos bailes que eu faço, já tem pedido bastante. Participo também de um grupo de Whatsapp com DJs do Brasil inteiro e a galera tem comentado muito [sobre a música]".

Saci na verdade é José Elias da Silva de 21 anos, nascido em São Gonçalo, na comunidade do Pira, e começou a cantar funk com 16 anos. "Ouvia muito os proibidões de Max e Smith, mas agora vou mais no estilo do Nego do Borel e do Gorila", conta Saci. "Não Fala da Beth" foi lançada há cerca de dois meses e pelo sucesso que vem fazendo ganhou até clipe com o Tom Produções com uma versão light do som para garantir que o hit possa tocar nas rádios:

Chamada de safadona por um sujeito inconveniente que vem tirar sarro e cobrar o MC se ela é sua namorada, Saci dá um "presta atenção" no chato e o coloca em seu devido lugar: "Tanta mina pra falar / Vocês vem falar da Beth?". A Beth original parece não ter curtido virar tema de funk, então uma boneca foi colocada no clipe e tem sido levada nos shows para representa-la. Saci, porém, garante que a Beth original existe.

O novo hit de funk carioca tem uma letra debochada e cheia de putaria que dá uma lição nos fiscais da vida sexual alheia. Praticamente um funk educativo que diz por que não devemos nos meter na vida dos outros.

A Beth, pelo que parece, voltou a ser hit — agora no funk. Mas quem tem mais de 20 anos tá ligado que não é a primeira vez que a Beth cai no gosto popular:

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