Ilustração por Juan Ruiz.
Este artigo foi originalmente publicado na VICE Austrália.*Uma edição a este artigo foi feita a 15 de Fevereiro de 2018, com o objectivo de acrescentar um quadro interactivo e uma nova imagem principal, originalmente publicados na VICE Colômbia.A capital do Japão está no topo de um índice global do preço da erva, suplantando 120 outras cidades mundiais. De acordo com o estudo, o Quito, capital do Equador, tem a erva mais barata - apenas 1,34 dólares o grama (1 euro e sete cêntimos). Em Tóquio, o preço é quase 25 vezes superior, com 32,66 dólares o grama (cerca de 26,20 euros).[Nota do editor: Em Lisboa, segundo o índice, o preço está estabelecido nos 8,36 dólares, ou seja, cerca de 6,70 euros, sendo que o consumo atinge os 750 quilos por ano, pelo que, conclui o estudo, se a legalização fosse uma realidade e o Governo aplicasse uma taxa semelhante à do tabaco, poderia encaixar quase um euro por grama. É preciso ter em conta porém, que em Portugal o consumo de erva estará ainda bastante abaixo do consumo de haxixe, pelo que podemos especular que, com a legalização, a oferta de canábis seria bastante maior e a procura, obviamente também].Outras cidades asiáticas como Seul, Quioto, Hong Kong ou Banguecoque completam o top 5. Dublin, Talin, Xangai, Pequim e Oslo figuram também no top 10. localidades da América do Sul são algumas das que apresentam preços mais baratos, com Bogotá, Assunção, Cidade do Panamá e Montevideu, a "brilharem no top 10 da acessibilidade. De acordo com os dados, não parece existir uma relação muito forte entre o preço e a quantidade consumida. O Quito consome apenas 600 quilos, enquanto, por exemplo, Nova Iorque, onde o preço da grama atinge os 10,76 dólares (cerca de 8,60 euros), apresenta um consumo de mais de 77 toneladas.O estudo, levado a cabo pela Seedo, uma empresa que comercializa um aparelho de cultuvo automático, olha também para os valores que cada cidade poderia gerar em impostos se a canábis fosse legalizada. É interessante notar que o Cairo seria aquela que mais receitas conseguiria para os cofres estatais, com uns hipotéticos 384 milhões de dólares anuais (cerca de 308 milhões de euros). Actualmente, o Egipto tem leis muito restritas no que às drogas diz respeito e mantém a pena de morte para quem seja apanhado a traficar canábis em grandes quantidades.Ainda em relação aos impostos sobre a erva, há duas cidades australianas no top 10 global, Sidney ocupa o quarto lugar, com uma receita de 138 milhões dólares (mais de 110 milhões de euros) caso a marijuana fosse legalizada e taxada. Já Melbourne poderia lucrar 132 milhões de dólares (praticamente 106 milhões de euros).
Segue a VICE Portugal no Facebook, no Twitter e no Instagram.Vê mais vídeos, documentários e reportagens em VICE VÍDEO.
Publicidade
Publicidade
"O facto de o consumo de canábis ser tão alto em países que ainda têm a pena de morte, como o Paquistão ou o Egipto, deveria alertar os governantes para a urgência de nova legislação", diz o chefe do departamento médico da Seedo, Uri Zeevi. E acrescenta: "Ao retirar o elemento criminal da marijuana, os governos terão a oportunidade de regulamentar de forma mais segura a produção, tirar poder aos grupos criminosos e, como demonstramos neste estudo, gerar importantes receitas".
Segue a VICE Portugal no Facebook, no Twitter e no Instagram.Vê mais vídeos, documentários e reportagens em VICE VÍDEO.