A Capela Sistina Ganhou um Tapa no Visual por Causa do LED

FYI.

This story is over 5 years old.

Tecnologia

A Capela Sistina Ganhou um Tapa no Visual por Causa do LED

A Capela Sistina agora tem uma novidade: um sistema de iluminação LED incrível.

A Capela Sistina, monumento que atrai visitantes por conta de seu significado religioso e afrescos de Michalangelo desde o século XV, agora tem uma novidade: um sistema de iluminação LED incrível. Desde o dia 29 de outubro, o famoso ponto turístico e local de culto encontra-se decorado com nada menos que 7 mil LEDs — e vejam como faz diferença.

Um pedaço da arte da Capela antes:

E depois:

Díodos emissores de luz (LEDs) finalmente tiveram um momento próprio sob os holofotes: quem ganhou o último Prêmio Nobel de Física foram os cientistas que desvendaram o segredo do LED azul 20 anos atrás, possibilitando a criação das lâmpadas de LED brancas.

Publicidade

Foi uma revolução na tecnologia de iluminação, com aplicações em lâmpadas movidas a energia solar, uma alternativa ao wi-fi baseada em luz e até comunicação quântica. E a nova instalação da Capela Sistina mostra que os LEDs também podem ser usados no reino artístico.

A Osram, fabricante de iluminação sediada na Alemanha e um dos parceiros do projeto, explica no site da empresa que a solução de LED "foi projetada para proteger as obras de arte e, ao mesmo tempo, possibilitar uma iluminação mais forte". A iluminação anterior mantinha os afrescos em luz baixa, pois as janelas da Capela são parcialmente cobertas, para que as obras não se deteriorem. Além disso, os LEDs — famosos pelo baixo consumo de energia — usam até 90% de energia a menos.

A "temperatura de cor" da iluminação pode ser ajustada com o controle de cores dos LEDs (é aqui que entra o célebre LED azul). Neste caso, a instalação emana temperaturas de 3 mil a 4 mil graus Kelvin, isto é, cores quentes, tons amarelados.

Não é um número arbitrário: especialistas analisaram a pigmentação dos afrescos em diversos pontos, para definir a mistura de LEDs mais adequada Eles levaram em conta até as últimas descobertas sobre os hábitos de trabalho do Michelangelo. Antigamente, estudiosos achavam que o pintor misturava as cores à luz de velas, mas de acordo com a Osram, hoje acreditam que ele trabalhava à luz do dia.

O sistema de luz faz parte de um projeto piloto subsidiado pela União Europeia, chamado LED4Art, que buscava uma maneira de conseguir tanto uma iluminação melhor quanto uma economia maior. Creio que a missão foi cumprida.

Tradução: Stephanie Fernandes