Este artigo foi originalmente publicado na VICE França.Como a maioria das pessoas, costumava pensar que Ibiza era apenas uma pista de dança gigantesca - uma meca da festa contínua para milhões de turistas, feita à imagem de David Guetta. Mas, depois de me mudar para a ilha, apercebi-me de que havia muito mais para além disso.Nos ano 1960 e 70, Ibiza abraçou a cultura hippie e encorajou milhares de jovens a viverem de uma forma mais livre e desprovidos da maior parte das suas posses e objectos. O movimento era tão vibrante como o de Greenwich Village, em Nova Iorque, ou São Francisco no geral.
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A minha apresentação pessoal à comunidade teve lugar há 11 anos, quando vivia numa praia. Conheci um grupo de pessoas que me ofereceram a possibilidade de habitar numa casa antiga, que se encontrava abandonada há 15 anos. Não sei bem como, mas tinham convencido o dono a deixá-los ali viver, desde que concordassem em não destruir o espaço. E foi assim que descobri um estilo de vida livre e simples. Todo o oposto dos excessos pelos quais Ibiza é mais conhecida.O que nos define enquanto comunidade é o facto de todos estarmos à procura de viver de uma forma auto-sustentável, o que nem sempre é fácil. A maior parte de nós consegue passar sem água corrente ou electricidade, mas há outros que não e que, inclusive, recorrem aos "desperdícios" dos supermercados para ajudar na alimentação de todos. Esta série fotográfica, Tales of an Island, nasceu da minha paixão pelos valores e pelas pessoas que constituem esta comunidade - um grupo que considero ser a minha família.Abaixo podes ver mais imagens de "Tales of an Island".
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