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Música

Veja a galera da NAAFI falando sobre sua relação com identidade, política e cultura clubber

Uma das gangues musicais mais interessantes do continente americano e verdadeira arcada futuro das latinidades ganha perfilzão na série ‘Tribes’.

Desde que lançou seu primeiro disco em 2012, o coletivo NAAFI, da Cidade do México, tem encontrado formas oportunas e empolgantes de mobilizar a cultura clubbing, seja através de residências em influentes rádios online, fazendo a curadoria de debates em museus sobre estilos regionais ou lançando algumas das mais bombadas coletâneas bootlegs da memória recente. Eles já fizeram tanta coisa, na real, que é meio difícil se afastar do que estão fazendo agora pra ver o panorama como um todo, algo que o mini-doc Tribes do Smirnoff Sound Collective consegue fazer ao nos fornecer um retrato íntimo do coletivo.

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No documentário, Alberto Bustamente vulgo Mexican Jihad nos lembra que mesmo com a toda a discussão crítica em torno da coisa, no final das contas "é a balada enquanto lugar onde toda essa comunidade e música se manifestam de verdade". Este senso de pertencimento é comunicado de forma clara, especialmente nas relações de coalizão entre NAAFI e suas afiliadas HiedraH, Salviatek, e Svntv Mverte no tocante a assuntos como política e identidade latino-americana, que muitas vezes influencia fortemente sua abordagem da vida noturna. Resumindo as crenças da galera, Paul Marmota se expressa sucintamente na conclusão do filme: "Não há motivo para não ter orgulho de onde você veio", diz. "Muito pelo contrário, use isso ao seu favor e vá além."

Bustamante relembrou a noite de filmagem do documentário para o THUMP em um email: "O melhor mesmo foi passar um tempo juntos", comentou. "Somos amigos há tempos e interagimos separadamente uns com os outros, mas esta foi a primeira vez que tocamos todos juntos, um verdadeiro encontro latino. Sou só sorrisos ao pensar naquela noite".

Caso você tenha perdido o primeiro episódio do Tribes, confira aqui a jornada do Brooklyn à Cidade do México com Discwoman, influente coletivo e agência de shows que conta com talentos femininos e não-binários dentro da música eletrônica.

Tradução: Thiago "Índio" Silva

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