Os protestantes de Kiev começaram 2014 como acabaram 2013: varrendo as ruas com protestos e tentando deitar abaixo o governo de Yanukovytch. Desde então, houve algumas vitórias importantes: a demissão do primeiro-ministro Mykola Azarov e restantes colaboradores foi um desses casos. Recentemente, a anulação das medidas anti-protesto propostas foram também, e com alguma ironia à mistura, uma das causa dos protestos a que estamos a assistir.Os manifestantes não ficaram satisfeitos com as vitórias até agora alcançadas e continuam nas ruas até que o Presidente ucraniano resigne ao seu mandato e convoque novas eleições. Aquilo que começou como um protesto contra o facto do governo ucraniano estar de mãos dadas com Putin tornou-se num ponto de partida para um descontentamento maior. Ainda assim, Yanukovych parece não querer abdicar do cargo. Enquanto o caos alastra pelas ruas de Kiev, o primeiro presidente pós-União Soviética já alertou para o perigo de o país vir a assistir a uma guerra civil. Dezenas de pessoas têm vindo a perder as suas vidas nos últimos dois dias.Já em Janeiro tínhamos estado em Kiev. Vendo as imagens de há um mês, fica claro que a Ucrânia entrou num novo nível de violência.