Sexta lançamentos por Rica Pancita

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #123

O cantor Belo voltou para emocionar a nação.
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Imagem: Divulgação.

Fala turmex.

Estamos de volta após a pausa do feriadinho, que foi bom, por ser feriadinho, mas foi ruim, porque só com esse tempo parado eu perdi o ritmo de jogo aí sofri um pouquinho mais do que deveria com a coluna de hoje. Mas aí faz parte de ser uma pessoa já de certa idade, fora que a turma da #indústria não ajudou muito dessa vez não e veio com uma leva bem mirradinha de sons (faz parte também).

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Mas aí convém lembrar que a boa da semana MESMO é o Festival de Parintins que vai de hoje até domingo, com transmissão em tv estatal (não falei qual tv estatal). Se nunca viu vá ver que o bagulho é daora mesmo. Viva a cultura nacional.

Tá certo então? Vamo nos sons então? Então vamo então.

----A TOP DA SEMANA----

Belo - “Contramão”
Rapaz… eu diria que é um TRAP? É um trap? Dava pra ficar alguém fazendo “skrrt skrrt” que encaixava certinho. Mas enfim, o som tá fino demais demais. Baladinha romântica com um gravão, e o vocal que mais emociona o Brasil. Muito do top.

----AS OUTRAS BOAS QUE TEVE NA SEMANA----

Freddie Gibbs & Madlib - Bandana
Os samples usados nesse disco tá um primor que só, esse é muito o principal pra mim nesse disco. Faixas como “Crime Pays” e “Fake Names” eu ficava tranquilo ouvindo só a instrumental. A parte que cabe ao Freddie Gibbs mesmo eu sei lá o que comentar, soa legal o #flow pá, mas aí recomendo você ir atrás do crítico de raps de sua confiança. Fora isso, tem uma ou outra faixa que eu já não gostei tanto assim, como (ADIVINHA SÓ) “Half Manne Half Cocaine” e “Situations”. Mas a parte boa é boa BOA mesmo. Então pode ir tranquilo nesse aqui.

Daniel Caesar - Case Study 01
Disco bom de baladinhas R&B pra jovem. É Love Songs pra jovem, se tivesse uma versão da Alpha FM pra jovem seria esse o som que taria tocando. Sons de requinte & bom gosto, linha de baixo suingadinha, uns backing vocal de “ooooooohhhhhhh ohhhhh”, uma boa hora pro Caio Ribeiro trocar o seu som de transar. Boa.

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Marcos Valle - Sempre
Infelizmente eu vejo essa capa tom magenta (sei lá o tom), junto com o som bossa-chill, e a primeira coisa que vem a cabeça é Zézinho Deus Vult tonto das ideia. Mas aí coitado do Marcos Valle que num tem culpa de nada (acho). E nem é algo que prejudique de fato a #experiência, mas que lembra esses cara, lembra. MAS ENTÃO, o disco vamo dizer que tá em sintonia com tudo que esses produtor caseirão de eletrônico algumacoisa-wave fizeram em cima dos sons do Valle nos últimos anos. Então sai uma bossa-disco-eletrônico saudosista E modernex ao mesmo tempo, ó aí a doidera. E inclui uma cover de “Aviso aos Navegantes” (que não achei tão boa assim). Show.

MC Kevin o Chris - Eu Sou o Rio
Epzinho curtinho, 11 minutos com 5 faixas mixadinha uma emendada na outra para fazer o maior sucesso em festas familiares. Produção maneira, gravão CAR BASS, sem muitas firulinha. Curto.

Marcelo Falcão - “Quando você olhar pra mim”
Dubzão bem bom, na verdade. Infelizmente a letra num bateu muito legal, num tava ornando bem a #métrica. Mas aí é impressão minha, vai que pra você num pega nada. A nível de dubzão tá boa.

Friendly Fires - “Silhouettes”
Ah, é outro desses discopop aí que sei lá, viu. É boazinha, bem feita, tem refrãozinho “pá pá pá pápará” com capacidade de grudar na cabeça, mas pra mim esse tipo de som num empolga muito não, principalmente por ter muito som desse desde a década passada. É um som bom que não me interessa muito, em resumo é isso.

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Kate Nash - “Bad Lieutenant”
Kate Nash meteu um house noventão aqui que ficou bem legal, aliás. É som mais de pistinha. Boa.

J Balvin & Bad Bunny - Oasis
Fazia tanto tempo que eu não ouvia um disco de reggaeton, que eu tinha até esquecido qual que é o grande problema dos discos desse estilo: enjoa rápido. Nem vou me aprofundar muito nisso porque já falei em outras colunas e eu estaria só me repetindo. Mas assim, as músicas são boas, tão com umas batidas e samples legais, mas não dá pra ouvir mais de 3 faixas sem se cansar. Então eu taria recomendando ouvir esse disco ao picadinho, que aí tende a ser mais legal.

----AS MEIO OKZINHA QUE NÃO TÃO RUIM MAS TAMBÉM NÃO GOSTEI TANTO ASSIM----

The Black Keys - Let’s Rock
Os primeiros segundos da primeira faixa me enganaram legal, cheguei a até cogitar que eu ia me animar com esse disco. Mas no fim das contas deu o esperado, e na metade do disco eu já não tava aguentando mais o blues rock dos caras. É uma grande bobeira com guitarras bem tocadinhas e um ou outro riff legalzinho, mas o resultado é apenas rock bobildo. Com algum esforço consigo até imaginar um contexto onde deixar esse disco rolando seja muito divertido sem que haja o consumo de ilícitos, mas é meio difícil. Apenas deixando claro que não é um disco ruim, mas pra mim tudo que teve nessa ondinha blues-rock-pós-White-Stripes é meio besta. E aí é comigo mesmo. E aí calhou que essa coluna é minha e vale a minha opinião.

Liam Gallagher - “The River”
Som bobildinho, aquele brit rock que num vai pra lugar nenhum. Cachorrinho grandinho. É isso aí de comentário que eu tenho.

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