Oliver Hafenbauer, dono do selo Die Orakel e residente do importante clube Robert Johnson, em Frankfurt (considerado um dos mais prestigiosos nomes da eletrônica na Alemanha), está no Brasil. Neste sábado, dia 8 de agosto, Hafenbauer toca na ODD, no Centro de São Paulo, mostrando o seu tech-house de vibes interestelares. A festa também conta com performances visuais do VIDEO-SISTEMA, Fractal Mood, Davis Genuíno, Márcio Vermelho e Pedro Zopelar (live) no lineup.A reputação alcançada pela marca Robert Johnson deve muito à atuação de Hafenbauer por lá. O DJ é residente do pico desde 1999, quando o clube abriu as portas — e curador do espaço desde 2009. Com um trabalho mais focado na discotecagem em festas e festivais e na curadoria artística, suas apresentações, mixes e sets gravados ao vivo alcançaram repercussão internacional. Trocamos uma ideia com ele para saber mais da sua responsa, estilo, e outros papos musicais.THUMP: Fale um pouco sobre a sua atuação no clube Robert Johnson e à frente do label Die Orakel.
Oliver Hafenbauer: Robert Johnson e Die Orakel são duas coisas diferentes. Robert Johnson é um clube que abriu 16 anos atrás pelo Ata e o Sebastian Kahrs. Eu cuido da programação desde 2009 e tento cobrir todas as tendências relevantes do techno e da house music. Dirijo o Dier Orakel sozinho e por lá eu lanço músicas que ficam no meio do caminho entre o experimentalismo e o dance.Quais são os seus principais projetos no momento?
Estou trabalhando no próximo lançamento da Die Orakel com o Edward (Giegling, White). Ele fez vários edits e remixes das produções krautrock de Harmonia & Eno datadas de 1976.Na sua opinião, os diversos cruzamentos de gêneros dos últimos tempos acabaram com a barreira entre o techno e a house?
Eu não diria que existe uma barreira entre esses dois gêneros, já que o techno e a house possuem as mesmas raízes. É o ritmo e o desenho dos sons que distinguem os diferentes gêneros da dance music entre si. Pessoalmente, gosto de combinar techno e house no meu DJ set. Mas, em geral, rótulos ou categorias ajudam as pessoas a identificar as coisas com mais facilidade.Quais as qualidades que garantiram ao Robert Johnson a sua elevada reputação?
Robert Johnson é um lugar pequeno com um sistema de som consistente, que reverbera muito calor e potência. O clube tem um terraço enorme com uma bela vista para o rio Main. Eu curto ficar lá durante a semana quando o clube está fechado, já que é um lugar daora para conversar com os amigos. Além de ser um lugar incrível, também conta com uma história cheia de artistas destacados. Ricardo Villalobos e Zip viviam lá e foram muito importantes para o desenvolvimento da cena da dance music em Frankfurt. Dixon tocou na festa de construção do Robert Johnson antes da abertura oficial e hoje ele é um dos DJs mais famosos do mundo. Os artistas que tocam no clube com frequência já há bastante tempo também são responsáveis pela sua boa reputação.O que você escuta quando está em casa? O mesmo tipo de música que discoteca?
Em casa eu curto escutar música no rádio.Você estudou música, produção musical ou algum instrumento? Acha que esse tipo de conhecimento é importante ou pode estragar a pegada natural dos artistas?
Nunca estudei nenhum instrumento, mas comecei a escutar música eletrônica quando tinha 14 anos, e comecei a discotecar 15 anos atrás. Quando você começa a produzir dance music é necessário dominar as ferramentas ou instrumentos com os quais está trabalhando. Mas não acho que seja imprescindível ter um conhecimento muito avançado.ODD, 8 de agosto, em São Paulo
Local: Rua Bento Freitas, 355.
Ingressos: R$ 30 (na porta) ou R$ 25 (com confirmação na página do Facebook).O Oliver Hafenbauer está no Facebook // Soundcloud
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Oliver Hafenbauer: Robert Johnson e Die Orakel são duas coisas diferentes. Robert Johnson é um clube que abriu 16 anos atrás pelo Ata e o Sebastian Kahrs. Eu cuido da programação desde 2009 e tento cobrir todas as tendências relevantes do techno e da house music. Dirijo o Dier Orakel sozinho e por lá eu lanço músicas que ficam no meio do caminho entre o experimentalismo e o dance.Quais são os seus principais projetos no momento?
Estou trabalhando no próximo lançamento da Die Orakel com o Edward (Giegling, White). Ele fez vários edits e remixes das produções krautrock de Harmonia & Eno datadas de 1976.Na sua opinião, os diversos cruzamentos de gêneros dos últimos tempos acabaram com a barreira entre o techno e a house?
Eu não diria que existe uma barreira entre esses dois gêneros, já que o techno e a house possuem as mesmas raízes. É o ritmo e o desenho dos sons que distinguem os diferentes gêneros da dance music entre si. Pessoalmente, gosto de combinar techno e house no meu DJ set. Mas, em geral, rótulos ou categorias ajudam as pessoas a identificar as coisas com mais facilidade.
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Robert Johnson é um lugar pequeno com um sistema de som consistente, que reverbera muito calor e potência. O clube tem um terraço enorme com uma bela vista para o rio Main. Eu curto ficar lá durante a semana quando o clube está fechado, já que é um lugar daora para conversar com os amigos. Além de ser um lugar incrível, também conta com uma história cheia de artistas destacados. Ricardo Villalobos e Zip viviam lá e foram muito importantes para o desenvolvimento da cena da dance music em Frankfurt. Dixon tocou na festa de construção do Robert Johnson antes da abertura oficial e hoje ele é um dos DJs mais famosos do mundo. Os artistas que tocam no clube com frequência já há bastante tempo também são responsáveis pela sua boa reputação.O que você escuta quando está em casa? O mesmo tipo de música que discoteca?
Em casa eu curto escutar música no rádio.Você estudou música, produção musical ou algum instrumento? Acha que esse tipo de conhecimento é importante ou pode estragar a pegada natural dos artistas?
Nunca estudei nenhum instrumento, mas comecei a escutar música eletrônica quando tinha 14 anos, e comecei a discotecar 15 anos atrás. Quando você começa a produzir dance music é necessário dominar as ferramentas ou instrumentos com os quais está trabalhando. Mas não acho que seja imprescindível ter um conhecimento muito avançado.ODD, 8 de agosto, em São Paulo
Local: Rua Bento Freitas, 355.
Ingressos: R$ 30 (na porta) ou R$ 25 (com confirmação na página do Facebook).O Oliver Hafenbauer está no Facebook // Soundcloud