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Música

Para Luisa Puterman, sons são espaços ainda não explorados

A artista paulistana, que se apresenta no festival Dekmantel nesse sábado (4), vai de estudos sobre paisagens sonoras ao techno-experimental em sua forma de abordar som.

Dentre as muitas apresentações que vi no festival Novas Frequências de 2016, que aconteceu no Rio de Janeiro do dia 3 ao 8 de dezembro, poucas tiveram tanto impacto sobre mim quanto uma instalação sonora quente, ruidosa e ofuscante que foi colocada no último andar do Galpão Gamboa.  Moto Perpétuo, o nome processual que levava a obra, consistia em algumas fontes de luz posicionadas diretamente contra o espectador, que ainda respirava de uma fumaça branca e ouvia barulhos de materiais (vidro, concreto) sendo aparentemente quebrados. Era desconfortável.

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Alguns meses depois, Luisa Puterman, artista paulistana idealizadora da instalação, me contaria que incômodo causado pela obra era proposital, e que simulava uma sensação proporcionada pela constante mudança na paisagem sonora de grandes cidades. "A instalação foi meio que aparecendo conforme ideias sobre construção/destruição cruzavam meu caminho. Fui atrás de sons que pertencem a esse universo e acabei chegando numa ideia de ciclo infinito, de uma angústia implícita nos processos ilusórios de renovação", conta. "Além do fato de as cidades estarem inundadas por sons que como consequência desses processos nos habitam de forma inconsciente e esteticamente intrigante."

Leia o restante da entrevista no THUMP.