Alexandre Cecci, DJ e produtor cultural paulistano, um dos fundadores da festa/clube Jive e pioneiro em introduzir a mistura de ritmos nas pistas da cidade, morreu no último sábado (4). Don KB, como era conhecido no meio artístico, foi vítima de um infarto fulminante na praia de Maresias, litoral paulista, e não resistiu. Ele estava com 47 anos, e seu corpo foi velado no domingo (5), no Cemitério do Araçá. "Sem falsa modéstia, eu me sinto responsável pelo revival do samba-rock", disse em entrevista à Folha de S. Paulo, em 2001, ano em que começou a colher os frutos do hype de seu projeto.
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E era verdade. Antes da investida de Don KB, a noite da capital paulista era marcada por clubes temáticos, já que a segregação entre rock, pop, grooves, eletrônico e brasilidades falava mais forte. Com a chegada da Festa Jive, o samba-rock, cujo sucesso remontava às décadas de 1960 e 70, voltou a ser aceito pelo público, e com isso se abriram os horizontes do mercado. A história do Alex com o samba-rock começou em 2000 nas sextas do hotel Cambridge, quando "Jive" era ainda o nome da festa que viraria clube naquele mesmo ano.Receoso em causar estranhamento, a técnica que o DJ empregava consistia em introduzir a tendência aos poucos. Os sets iniciavam tranquilos, passavam para algumas músicas latinas e, quando o público já estava no astral elevado, ele disparava o samba-rock propriamente dito. Mais tarde, com a tendência consolidada, Don KB levou à pista do Jive vários bruxos da mixagem ao vivo como os DJs Nuts, KL Jay, Hum, Patife, Tony Hits e Primo.Leia a íntegra desta matéria no Noisey.