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Tecnologia

O Machismo da Vida Real Persegue Mulheres em Mundos Virtuais

Se você for mulher e operar um avatar pouco atraente, receberá pouquíssima ajuda no mundo virtual.

O mundo virtual pode ser um espaço de libertação. Ao entrarmos de cabeça em um cenário virtual, deixamos nossas estruturas de carne e osso para nos transformamos em personagens fantásticos. Mas nem todos preconceitos desaparecem. Os estereótipos de gênero da vida real perseguem tanto jogadoras quanto avatares femininas no mundo dos games.

Em artigo publicado na revista acadêmica Journal of Broadcasting and Electronic Media, Franklin Waddell, pesquisador da Universidade Estadual da Pensilvânia, buscou investigar a dinâmica entre identidade offline e aparências virtuais. Ele examinou as diferenças de como avatares femininos e masculinos, bonitos e feios, recebiam ajuda de outros jogadores em ambientes online.

O estudo revelou que apenas mulheres continuaram a ser julgadas pela aparência no mundo virtual. Outra conclusão foi que, quando elas operavam um avatar masculino e revelavam ser do sexo feminino, recebiam menos ajuda.

Pesquisas anteriores mostraram como a atratividade e o gênero dos avatares afetam as interações interpessoais em cenários virtuais. Mas Waddell explicou que poucos estudos examinaram a fundo como o gênero do jogador na vida real influencia as reações dos demais jogadores.

"Nosso estudou testou como os efeitos do gênero e da atratividade do avatar variam de acordo com o gênero do jogador", diz Waddell.

Avatares de World of Warcraft. Crédito: © World of Warcraft/Blizzard Entertainment Crédito: T Franklin Waddell e James D Ivory/Journal do Broadcasting and Electronic Media