A primeira exibição pública do documentário da VICE “Por dentro do Funk 150 BPM” rolou neste domingo na programação do CineVOID numa filial da loja/bar em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. A expectativa era grande, afinal quando o assunto é música e cultura negra Madureira é autoridade — o fervo do bairro junta algumas das pessoas mais estilosas e bonitas da cidade, além de sediar duas escolas de samba importantíssimas, a Império Serrano e a Portela; e o lendário baile charme sob o Viaduto Negrão de Lima, que fica literalmente do outro lado da rua.
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Antes da sessão CineVOID começar, rolou um aquecimento com vídeos de skate. O destaque foi um das minas do Britneys Crew. O mic ficou aberto e MCs que estavam por ali mandaram um freestyle. A galera ia se amontoando parte na arquibancada montada na calçada e outra parte ao redor do telão. Por volta das 22h a exibição começou, arrancando assobios e gritos de “Mari eu te amo” logo nos primeiros segundos quando a apresentadora (e ex-voidette) Mariana Bernardes brotou na tela.
Durante o papo do DJ Polyvox sobre a origem do beat rolou até um silêncio, geral quietinho, até o baile da Nova Holanda entrar em cena e daí era cabecinha balançando e tinha até quem arriscasse um passinho. Quando a Rebecca e o Kevin o Chris entraram em cena não teve jeito, fudeu: teve coro em “bucetão” e “caralho”.
Depois ainda teve exibição do “Beck to The Future”, um vídeo de skate dirigido por um maluco do Recreio, o Esposito, que mostra sessões de várias galeras do Rio. Era perto de meia noite quando as sessões terminaram, mas a efervescência de Madureira estava longe de terminar, e marcavam por ali, ou nas redondezas, aonde tava rolando o baile charme, como se não houvesse amanhã.