Foto por Marie Staggat.
Quem já passou alguns minutos na internet ouvindo "playlists" infinitas de tech-house no YouTube, com certeza já compartilhou alguma obra-prima do novaiorquino Fred P nas redes sociais. Um dos nomes mais relevantes da cena eletrônica norte-americana, o DJ e produtor possui cerca de vinte anos de trajetória, inúmeros EPs e quatro álbums. Em seu mais recente trampo, o 5, que conta com onze faixas milimetricamente esculpidas com a sisudez de Fred P em dois formatos, um LP e CD produzidos e lançados no Japão pela Mule Musiq Records – selo nipônico, chefiado por Toshiya Kawasaki, famosão pela curadoria de produtores de nu-disco como Christopher Rau.Freddy Peterkin produz sob alguns pseudônimos – dependendo da linha editorial da parada – Fred P ou Black Jazz Consortium, numa dialética entre beat e a explanação sensorial que percorre o african beat, break-beat e hip-hop, arquitetônicamente traduzidos em faixas infinitas.Além de todos seus trampos com house, Fred P tem na sua alma um cara bem bucólico, um viés que aparece em seu último trabalho, o Sound Destination, um EP produzido há uma cota – precisamente nem ele sabe dizer – mas que nunca foi lançado oficialmente. "Eu fiz este EP há alguns anos, algo curto, com camas arrumadas em paisagens sonoras", diz o produtor em seu perfil no SoundCloud.Cama bem arrumada e com travesseiros suficientes para abraçar confortavelmente nomes como Bartz, Hermeto Paschoal, Eumir Deodato, Artner, Parov Stelar, Dale Cooper e sua gangue e tantos outros nomes do nu jazz e ambient, que é a base conceitual de todo o EP. Trocamos uma ideia com o cara para saber mais sobre o álbum, as inspirações e a fonte primária da brisa. Ouça enquanto lê a entrevista.
Fred P: Sou conhecido pelas produções de deep house e techno, mas sempre produzi outros ritmos. Em cada um dos meus álbuns existem, de certa forma, sonoridades similares ao house como o broken beat hip hop. No final, eu faço o que sinto.Qual a principal inspiração para Sound Destination? De onde veio a brisa?
Fui inspirado por minhas viagens, juntei tudo e recriei as sensações faixa à faixa.As produções desse EP não são recentes, certo? O que rolou para soltar Sound Destination só agora?
Essas faixas são de alguns anos atrás e fazem parte de uma coletânea maior que fiz nessa época. Experimentei inumeras ideias e criei com as minhas influências de raiz como o ínicio do break beat e o nu jazz. Desse processo, nasceu a necessidade de começar a fazer música de novo e, de vez em quando, volto e penso se é possível tocar esse tipo de vibe. Aliás fiquei surpreso, pois, coloquei esse EP no meu SoundCloud pessoal pensando que ninguém iria sequer preocupar-se. Nunca promovi essa conta, mas estava errado sobre isso, existe um grande interesse lá.Sound Destination emana uma paisagem bucólica, como um flashback. Este álbum têm alguma memória?
Para mim é sobre relacionar o que senti e estou sentindo no momento.Suas faixas mais famosas têm em média 10 minutos, mas em Sound Destination, o álbum completo gira em torno de 30 minutos. Você quis construir um outro corte editorial com ele ou apenas aconteceu desta forma?
Como disse, esse EP é parte de uma coletânea maior. Com o tempo, posso continuar a liberar todo o projeto, e, com ele finalizado, as faixas seriam mais compridas.Para finalizarmos, EU REALMENTE AMEI O EP, mas preciso perguntar, QUANDO VOCÊ VAI LIBERAR MAIS COISAS?
Muito em breve. Esse projeto em particular requer um toque especial e será definitivamente uma série limitada e colecionável. Estou animado sobre isso, dado o fato de abrir novas portas para uma conversa diferente.O Fred P está no Facebook // SoundcloudSiga o THUMP nas redes Facebook // Soundcloud // Twitter.
Publicidade
THUMP: Fred, como sabemos, você faz parte da história da house music norte-americana, mas explica para gente de onde surgiu a energia para produzir Sound Destination, que é — em parte — um trampo diferente do que conhecíamos?
Fred P: Sou conhecido pelas produções de deep house e techno, mas sempre produzi outros ritmos. Em cada um dos meus álbuns existem, de certa forma, sonoridades similares ao house como o broken beat hip hop. No final, eu faço o que sinto.
Publicidade
Fui inspirado por minhas viagens, juntei tudo e recriei as sensações faixa à faixa.As produções desse EP não são recentes, certo? O que rolou para soltar Sound Destination só agora?
Essas faixas são de alguns anos atrás e fazem parte de uma coletânea maior que fiz nessa época. Experimentei inumeras ideias e criei com as minhas influências de raiz como o ínicio do break beat e o nu jazz. Desse processo, nasceu a necessidade de começar a fazer música de novo e, de vez em quando, volto e penso se é possível tocar esse tipo de vibe. Aliás fiquei surpreso, pois, coloquei esse EP no meu SoundCloud pessoal pensando que ninguém iria sequer preocupar-se. Nunca promovi essa conta, mas estava errado sobre isso, existe um grande interesse lá.
Para mim é sobre relacionar o que senti e estou sentindo no momento.Suas faixas mais famosas têm em média 10 minutos, mas em Sound Destination, o álbum completo gira em torno de 30 minutos. Você quis construir um outro corte editorial com ele ou apenas aconteceu desta forma?
Como disse, esse EP é parte de uma coletânea maior. Com o tempo, posso continuar a liberar todo o projeto, e, com ele finalizado, as faixas seriam mais compridas.Para finalizarmos, EU REALMENTE AMEI O EP, mas preciso perguntar, QUANDO VOCÊ VAI LIBERAR MAIS COISAS?
Muito em breve. Esse projeto em particular requer um toque especial e será definitivamente uma série limitada e colecionável. Estou animado sobre isso, dado o fato de abrir novas portas para uma conversa diferente.O Fred P está no Facebook // SoundcloudSiga o THUMP nas redes Facebook // Soundcloud // Twitter.