Carlos Issa é um nome que há anos circula pelo underground experimental paulistano. Mas você provavelmente o conhece pela sua alcunha barulhenta Objeto Amarelo. O músico e artista plástico percorre o circuito cabeçudo da cidade desde a época em que o punk/hardcore virou coisa de moleque e a rapaziada das antigas passou a trabalhar dentro de um espectro musical muito mais amplo: o do experimental (e não só instrumental, pelo menos eu acho isso). Aliás, esse percurso fica óbvio quando você lembra que o Cacá também toca no Auto, lenda do hardcore de SP que se mantém em pé até hoje, porém com uma sonoridade muito diferente.Tendo isso em mente, venho por meio desta apresentar-lhes o novo projeto do Cacá, o Hojer Yama. Quem explica o porquê dele existir é o próprio Cacá no parágrafo a seguir."Hojer Yama é o nome de uma pasta criada no meu HD em abril de 2014, onde são arquivadas as texturas techno abstratas, estruturalmente abrasivas, que compõem esse novo corpo sonoro dentro do meu trabalho", explica o músico, que cita como influências para o projeto a produção dos selos Basic Channel e Sahkö, e o arquiteto suiço Zumthor.O Cacá explicou a parada melhor do que eu posso tentar: "A produção do Hojer Yama vai se desdobrar numa ponte entre o techno e o noise. Também vai ser um novo ambiente para experimentações serialistas que percorrem outros projetos, mas agora sobre um template eletrônico minimalista, onde camadas e elementos evoluem com autonomia, lado a lado, produzindo descontinuidades e padrões sonoros infinitos." Falou bonito, hein, xará?Ouça a faixa 001 no player no topo da página e fique esperto para novidades do Hojer Yama e do Carlos Issa nos próximos tempos.
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