Uma Lista com as Melhores Colaborações do Chemical Brothers

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Música

Uma Lista com as Melhores Colaborações do Chemical Brothers

Por ordem de importância.

Tom Rowlands e Ed Simons começaram a trabalhar como Chemical Brothers há 26 anos em Manchester, no Reino Unido. O projeto iria definir o som da dance não só do próprio Reino Unido como também conquistar a América do Norte na primeira onda da eletrônica do final dos anos noventa. Agora, eles estão de volta com um imensamente esperado novo álbum, Born in the Echoes, que terá participações de St. Vincent e Beck, além de parceiros de canção mais antigos como Q-Tip e Ali Love. Na carreira de mais de duas décadas, os Chems fizeram as colaborações mais icônicas, adoráveis e/ou esquisitas da história da dance. Bom, aqui, definitivamente, vão as melhores colaborações dos Chemical Brothers.

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15. Klaxons - "All Rights Reversed"

Lembra do nu-rave? É aquele negócio que acontece na Inglaterra depois de alguns anos, quando uma nova geração de moleques começa a usar drogas pela primeira vez. Também foi o subgênero de dance music mais interessante durante algum tempo, imortalizado nos vocais sobrepostos por seus jovens líderes, os Klaxons (antes de Keira Knightley), e os ravers velhos de guerra do Chemical Brothers em seu single de 2007 "All Rights Reversed".

14. Hope Sandoval - "Asleep From Day"

Mazzy Star continua sendo o 'one hit wonder' de maior sucesso do final do século 20. A líder do grupo, Hope Sandoval, ganhou um abraço sônico aconchegante numa era cheia de guitarras do Chemicals de 1999 com "Asleep From Day" - essa é uma maravilhosa, e um pouco sonolenta, fatia de eletrônica.

13. k-os - "Get Yourself High"

Nomeado como a Melhor Gravação de Dance do Grammy de 2003, "Get Yourself High" é a colaboração dos Brothers com o rapper canadense k-os, além de se tratar de uma feliz comunhão entre hip hop e dance music. Além de oferecer conselhos de vida no título, a apropriação visual do vídeo de artes marciais 2 Champions of Shaolin resultaram em um mix cultural do otimismo do começo do século 21.

12. Kele Okereke - "Believe"

Em 2005, o Chemical Brothers se juntou a Kele Okereke do então quentíssimo Blac Party para a robótica faixa "Believe". Em cima dos sintetizadores desordenados e com uma batida big beat típica dos Brothers, Okereke trouxe sua quintessencia dance-punk para a faixa que engrenou na energia em desenvolvimento no espaço entre o rock e a dance. O vídeo dirigido por Dom & Nic é um épico de monstros-máquina de grande orçamento.

11. Willy Mason - "Battle Scars" e "No Path to Follow"

Um daqueles artistas americanos que tem mais amor pelos britânicos que pelos irmãos yankees, Willy Mason foi cuidadosamente escolhido para duas faixas em We Are The Night — a etérea abertura de disco "No Path to Follow" e "Battle Scars"— contribuindo para o sucesso e conquista do Grammy de Melhor Álbum de Música Dance/Eletrônica em 2008.

10. Schoolly D - "Block Rockin' Beats"

Embora não seja exatamente uma colaboração, a faixa "Gucci Again" do pioneiro gangsta rapper Schoolly D foi sampleada pelos Brothers em sua icônica "Block Rocking Beats", marcando a frase "back with another one of those" na história da rave em uma das maiores faixas de crossover do big beat.

9. Richard Ashcroft - "The Test"

Considerada um clássico do breakbeat tardio, "The Test", com o vocalista do The Verve, Richard Ashcroft, foi o sucesso internacional da dupla em 2002 no disco Come With Us. A faixa que mostra a conexão mútua dos artístas que têm fascinação por ritmos e melodias orientais, é uma longa exploração que pode imitar a experiência de curtir uns psicodélicos no estúdio de gravação de um DJ.

8. Bernard Sumner - "Out of Control"

Com mais de sete minutos, a versão original "Out of Control" dos Brothers, é apresentada aqui pelo frontman do New Order, Bernard Sumner - essa faixa é um dos originais da era pré-rave da época do 24 Hour Party People. A música é uma das mais longas colaborações da dupla, mas também uma das mais duradouras, servindo ainda como trilha sonora para trailers de filmes e encontros de amigos no fim de noite.

7. Ali Love - "Do it Again"

Notícias que Ali Love iria aparecer no próximo disco Born in the Echoes foram bem recebidas por aqueles que se lembram dessa contribuição claramente frenética em "Do It Again". Love agora canta tanto com Hot Natured e Infinity Ink, mas na época, essa foi a faixa que apresentou sua voz de tenor ao mundo, criando um clássico da pista.

6. Fatlip - "The Salmon Dance"

Para aqueles que acharam que Tom e Ed eram apenas beats e nada de diversão, chegou o "Salmon Dance" de 2007 apresentando a maestria lírica do Fatlip, do The Pharcyde. É divertido, é engraçado e deu a Astralwerks a oportunidade de mandar material de promoção com tema de peixes na época do lançamento do single.

5. Tim Burgess - "The Boxer" e "Life is Sweet"

Antes de Richard Ashcroft e Noel Gallagher se tornarem os regulares garotos do Britpop a quem os Brothers recorriam, Tim Burgess (da banda The Charlatans) fazia as vezes de cantor à frente dos dois DJs. Enquanto "Life is Sweet" de 1995 não é um clássico óbvio, quando Burgress voltou com "The Boxer" uma década depois, ele acertou em cheio.

4. Noel Gallagher - "Let Forever Be" e "Setting Sun"

Ambos os Gallaghers dos Oasis e os Chemical Brothers são conhecidos por flertar com a psicodelia, mas as suas colaborações de 1996 em "Setting Sun" e, em 1999, com "Let Forever Be" viu os dois maiores monstros britânicos dos anos 90 se juntarem em uma colorida palavra cruzada do dance/rock ainda a ser superada. Talvez sejam apenas os Brothers que consigam dar espaço o bastante para o ego de Gallagher voar - como ele voa (junto com seu vocal único) em ambos discos definidores de gênero.

3. Beth Orton - "Alive Alone", "Where Do I Begin" e "The State We're In"

Ela seguiu uma carreira de cantora de new-folk às vezes flertando com eletrônica. A voz suave, frágil e cheia de vida de Beth Orton já foi emprestada para os Brothers, incluindo aí "Where Do I Begin" do seu álbum de sucesso Dig Your Own Hole - essa parceria foi responsável por fundir o legado do folk britânico e da rave, resultando em um efeito tranquilizador.

2. Q-Tip - "Galvanize" e "Go"

Rappers convidados em faixas dance podem percorrer dois caminhos. Não temos como negar que as contribuições do Q-Tip para "Galvanize" e o novo single "Go" são o ápice da grandeza rap/dance. Funciona porque cada artista joga com suas respectivas forças: os Brothers não fingem que fazem hip hop e Q-Tip não inventa que está na rave.

Com seu sample de cordas distorcidas e uma batitd gaga de fundo, "Galvanize" em particular conquistou o direito de virar trilha de comercial de eventos esportivos desde que foi lançada, há uma década. Apesar de muito mais sútil, "Go" está pronta para durar também - graças ao combo de habilidade artística e autenticidade.

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1. Michel Gondry - "Let Forever Be", "Star Guitar" e "Go"

Poucos artistas têm tamanha e notável relação com um diretor de clipe musical como os Chemical Brothers tem com Michel Gondry. Conhecido por seus efeitos visuais e o jeito divertido de misturar o visual com o sonoro, o ganhador de Oscar, Gondry, comandou três videosclipes para os Brothers, os colocando ao lado de nomes como Björk, Daft Punk e os White Stripes.

Nos anos noventa e os dois mil especialmente, vídeos para uma música eletrônica não eram automaticamente bons e eles eram raramente artísticos. Com Gondry por trás das câmeras, os Chemical Brothers elevaram sua estética para além dos trabalhos de seus pares e emprestaram ao por vezes muito artistinha Gondry um pouco de respeito dentro dos clubes de dança. Se alguém seria um terceiro Chemical Brother, certamente seria Gondry. Torçamos para que eles colaborem mais.

O novo disco do Chemical Brothers, Born in the Echoes, sai no dia 17 de julho pela Astralwerks.

Tradução: Pedro Moreira