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Música

Onde Foram Parar as Festas de Rua em São Paulo?

As fotos que o Yuri Mira fez no Parque da Luz, lugar que concentrou a programação eletrônica da última Virada Cultural, nos fizeram pensar o que aconteceu com a cena bem de rua na capital.
Yuri Mira

É notável que o movimento das festas eletrônicas na rua de São Paulo deu uma arrefecida neste 2015. O último rolê nesses moldes que tivemos notícia, foi o que rolou durante a Virada Cultural deste ano, quando coletivos conhecidos por montar as picapes em praça pública se reuniram, com apoio da Prefeitura, no Parque da Luz para fazer festa gratuita com música, performances, fantasia, bebidas vendidas a preços módicos e muitas danças.

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Leia: "Fizeram um Documentário Sobre a Cena das Festas de Rua em São Paulo"

Entre os dias 20 e 21 de junho, rolou no bairro paulistano do Bom Retiro 24 horas de som que ficaram nas mãos da rapeize dos coletivos Baile Muderno, Mamba Negra, Audiovisualivre, Telaviva, Roda de Sample, Calefação Tropicaos, Canil, Macumbia + Gas Gas, Metanol FM, Festa Mel, Dubversão e Free Beats.

Atentos à falta de de eventos na rua, antes da realização da Virada Cultural 2015, a equipe do THUMP procurou os cabeças da Voodoohop, Metanol FM e FREE BEATS — alguns dos mais representativos coletivos da nova geração eletrônica a fazer festas de rua em São Paulo —, em busca de saber por que o ritmo dos eventos abertos ao público havia diminuído.

Akin, o grão-mestre da Metanol FM, informou que o coletivo anda "focado em outros trabalhos, que estão nos tomando tempo essencial", além de lembrar que o custo para as festas abertas é alto: "Outro fator é dinheiro. Festas de rua gratuitas ao público custam caro pra nós, e não gostamos de fazer de qualquer jeito."

Thomas Haferlach, da Voodoohop, engrossa o coro explicando que "[não estamos fazendo festas de rua] em parte porque estamos todos sem grana" enquanto ele próprio está envolvido com um projeto realizado no novo espaço da noite paulista, a Casa da Luz.

Mauro Farina, responsável pela FREE BEATS, se limitou a dizer que "a festa está parada no momento, pois estamos preparando para soltar nosso crowfounding", além de ele ser outro nome que voltou a se dedicar à programação dentro do clubes realizando a quinzenal AFROBEATS.

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Mas para não dizer que tudo está perdido, os manos o pessoal da Mamba Negra resiste ao manter, não sem dificuldades, a realização de uma festa por mês aberta ao público sempre em um lugar diferente da capital paulista.

Neste cenário meio parado/meio nebuloso, nosso fotógrafo colaborador Yuri Mira curtiu a programação eletrônica que rolou na última Virada Cultural e capturou o que parece ser uma rave dark na floresta, só que no Centro da capital paulista. Veja as fotos e sinta saudade da gostosa zueiragem democrática da cena bem de rua.

Siga o Yuri Mira no Flickr.