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Música

Os DJs Preferidos dos Nossos DJs Preferidos

O mundo inteiro celebra hoje, 9 de março, o Dia do DJ. Falamos com 22 mestres da mixagem para saber quais os DJs que eles mais curtem.

No topo, Seu Osvaldo, o primeiro DJ do Brasil, discotecando num serato.

Foto: Felipe Larozza

Todo artista, por mais fera que seja, sempre tem uma pequena lista na cabeça de outros nomes que o influenciaram diretamente ou nomes que simplesmente admira. Hoje, 9 de março, é o Dia Internacional do DJ. A data, celebrada desde 2002 por uma iniciativa da UNESCO, nasceu com o objetivo de estimular os DJs a doarem parte de seus cachês no mês de março para instituições de caridade assistidas pelas fundações World DJ Fund Foundation e Nordoff Robbins Music Therapy. Além desta nobre proposta, para nós é também a deixa perfeita para matar a curiosidade e descobrir quem são os DJs preferidos dos nossos DJs preferidos.

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Leia mais sobre o Seu Osvaldo

"Meu DJ preferido foi o Diplo, em 2008/2009, quando eu, digamos assim, despertei para a música eletrônica, porque eu curtia muitos estilos de pista, mas não a cultura DJ, como passei a gostar depois de ouvir o set do Diplo nessa época. Hoje, quando eu escuto os sets dele, nem gosto tanto, ele perdeu esse posto. Se eu tivesse que escolher um DJ preferido hoje seria o Jhonny Ice, do Heavy Baile. Tenho achado todos os sets dele matadores". LEO JUSTI

"Um DJ internacional seria o Afrika Bambaataa, pelo seu histórico de produções e por ser influencia total em meu som. E nacional, são tantos (risos). Mas posso dizer que gosto da trinca Marky, Nedu Lopes e Zegon. Todos pela técnica e pelo som que fazem. Eu curto as mixagens do Marky; as viradas e misturas do Nedu e a versatilidade do Zegon". MAURO TELEFUNKSOUL

"Me identifico e me inspiro muito no Dave Clarke. Muito do estilo dele tem a ver comigo em vários quesitos. Tanto na parte técnica como no sentido de musicalidade mesmo. Sou um artista diversificado, e ele também, com uma identidade muito própria e uma pegada anos 80, electro e techno, que sempre foram as minhas bases". DJ MAGAL

"Um cara que foi fundamental para que eu deslanchasse na carreira e nos experimentos com scratch em vinil foi o Easy Lee. Até vê-lo tocar, eu achava que só rolava de fazer scratches em vinis gringos, usando aquelas bases já manjadas. Mas aí chegou o Easy Lee e mandou um scratch usando uma faixa do Tim Maia, "Você Mentiu". Ali eu percebi que dava pra fazer scratch com música brasileira e isso foi um puta salto na minha formação artística". KL JAY

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"Sem dúvida a influência mais importante no meu estilo de tocar foi espelhada em caras como o Carl Cox. Por tudo o que ele já vez, as inovações que já propôs, e pelo fato de estar na ativa até hoje produzindo coisas de qualidade e relevantes. Tenho uma grande admiração por esse cara. Ele é, afinal, o rei do techno. The King! (risos)". ANDERSON NOISE

"Me lembro bem da época em que frequentava o Rose Bom Bom, quando ainda entrava nos clubes com 'fake ID'. Numa das vezes, escutei pela primeira vez 'M.A.R.R.S. - Pump Up The Volume' e fui até a cabine descobrir quem era o DJ que estava no comando das picapes. Foi quando conheci o DJ Magal. Depois fui escutá-lo em diversos outros clubes e festas. Além do Magal, o Renato Lopes também teve uma enorme participação na minha formação musical de pistas. Principalmente na época em que frequentava o Stereo (hoje, D-EDGE). Tenho saudades de vê-los no comando novamente". GUI BORATTO

"Um DJ que eu pago muito pau é o D-Bridge, ele tem uma seleção sempre à frente, sem precisar necessariamente ser avant-garde. Aprendi muito ouvindo não só ele como as coisas que ele toca e lança pelo seu selo, Exit Records. Sem falar que ele está sempre colocando um novo elemento ou elevando o jogo do drum and bass, um gênero que, pra muitos, "já morreu", mas sua própria gravadora e sets mostram que tem disposição e energia o suficiente pra se manter atual". SANTS

"DJ Naldo, morador da Vila cruzeiro, um dos Pioneiros do Baile da Chatuba. Com esse, sim, aprendi muita coisa!". BYANO, DJ DO BAILE da CHATUBA

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"Quando vi o Ricardo Guedes tocar na matinê da Contramão, eu devia ter uns 12, 13 anos, aquilo mudou a minha vida. Eu já discotecava, comprava discos, mas não ia em clubes. Daí meus amigos me levaram lá e eu fiquei impressionado. Da passarela dava para ver o DJ na cabine suspensa, um pouco abaixo da passarela. Eu curti tanto o som dele que pensei, 'tenho que um dia tocar no mesmo nível ou melhor do que esse cara!'. E era muito louco porque eu ficava sacando os discos que ele ia pegando pra tocar, cada disco, eu já tentava ver o nome pra ir atrás. O set do cara era fenomenal. E a maneira dele conduzir a pista também me influenciou. Sem contar com aquela coisa de ser polêmico, falar bobagem, que eu também peguei dele (risos). No começou eu virei até uma cópia do cara, depois fui pegando um estilo mais pessoal. Ele foi o primeiro cara a tocar Public Enemy num clube do Tatuapé, numa época em que não rolava rap na pista. Inclusive foi muito gratificante quando ele me viu tocando e veio me elogiar. Ele e o DJ Vadão, também, foram fundamentais na minha carreira". DJ MARKY

"Eu admiro o KL Jay por trabalhar com ele, por ser meu amigo e por ele ser DJ do grupo de rap que é a minha maior referência nacional, o Racionais. Com ele, eu aprendi a ser livre, aprendi a tocar o que eu quiser desde que goste do som que estou tocando". DJ TYPÁ

"Apesar de tocar muito em festas de música brasileira, latina e africana, minha discotecagem, na parte técnica, é totalmente influenciada por DJs de house e disco music americanos. Gosto muito do uso de loops que alongavam as introduções das músicas para criar mais impacto na pista, como os DJs faziam antigamente. Gosto de usar a equalização e efeitos de delay durante as mixagens e gosto de mixagens longas. Não sou muito fã de scratches e mixagens rápidas, como está tão em moda hoje em dia. Atualmente, o DJ que mais me influencia é o François Kervokian, um dos DJs mais importantes de todos os tempos, tanto em técnica como em repertório. Também já fui bastante fã do Gilles Peterson pelo ecletismo sonoro que ele faz, não pela técnica". TAHIRA

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"Cara, Kaytranada é quem eu mais pago pau com toda certeza. Gosto da versatilidade nos sets e nas produções. Os sets sempre contam uma história e, claro, são dançantes pra caralho. Se eu nascesse de novo, queria nascer na pele dele. Kevin Celestin, my hero (risos)". FEFA (INVDRS)

"Seria o Greg Wilson, viu. Esse rapaz é um gênio. Você imagina quantos DJs eu admiro, mas ele, pra mim, é Deus. E se me permite citar um vivo, que é o Greg, e um falecido, seria o Larry Levan, que transformou a música de pista e elevou o DJ a um novo patamar. São meus dois maiores ídolos, but… também gostaria de citar um brasileiro. Sei que é uma resposta esquizofrênica, você pediu um, vou dizer três. Não posso não ficar sem o Marky, porque ele é pra mim a síntese do que um DJ deve ter: inspiração, técnica, sensibilidade, carisma, transpiração, ferveção, paixão, conhecimento, timing. Ele tem tudo. Simplesmente tudo. Acho que é isso. Se não, fico aqui até amanhã (risos)". CLAUDIA ASSEF

"Desde que me conheço por gente, sou fã do DJ Marky (na época que conheci, DJ Marky Mark). Lembro de quando, ainda entrando na adolescência, saia o máximo que podia para prestigiá-lo. Na época, o drum and bass era gigante, marcou tanto que ainda amo muito esse estilo, apesar de tocar house! Após muitos anos de admiração, por sorte do destino, amigos em comum nos apresentaram e então ele foi parar na Soul.set pra prestigiar a festa (imagina minha realização). Daí ele tocou na festa e o resto é história! Hoje somos grandes amigos de pista, estúdio ou audição de discos! O mais louco é que ainda continuo tendo ele como ídolo e acompanhando sempre que folgo e posso estar presente numa pista". LEONARDO RUAS

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"Uma dupla que me influenciou bastante no começo da carreira foram os Crookers. Hoje em dia, a dupla se desfez, e o som tá bem diferente, mas era o que eu mais curtia. Conheci a música deles através de outros DJs, já que nunca vieram ao Brasil. Na época, eles me influenciaram no som e nas produções. Alguns remixes bem antigos deles ainda estão no meu set list". DJ LAKA (DIRTY KIDS GANG)

"Tomash e Peter Power são meus DJs prediletos. Eles sabem conduzir uma pista muito bem. Aprendi e aprendo muito com eles. E também gostaria de aproveitar para parabenizar meu DJ de toca-discos predileto, o DJ Akilo, de Pouso Alegre. Tenho sorte. Além de fã, sou amigo de todos eles". ZÉ ROLÊ/PSILOSAMPLES

"Em ordem cronológica: eu comecei a gostar de DJs quando ouvi o DJ Shadow. E só voltei a gostar de DJs quando eu conheci o DJ Rashad". CESRV

"Os caras que mais me influenciaram foram dois amigos. O primeiro é o Guab. Tínhamos noites vizinhas no Milo Garage, então eu ficava sacando os paranauês dele tocando. Foi vendo ele que aprendi a mixar e tal. O outro é o Valeo, um DJ canadense. É um cara que nem tem tocado mais, mas foram alguns sets dele, inclusive um no Neu, que me influenciaram bastante nessa parada do global bass". DAGO DONATO

"O Acid Pauli, porque ele consegue subverter bastante um DJ set de música eletrônica. Ele entra numas pirações musicais singrando direções completamente inesperadas. Ele é meio um nerd gênio do underground". THOMAS HAFERLACH (VOODOOHOP) AKA DJ TOMASH

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"Nos idos de 1992, já estudando na UNICAMP, entrei na Rádio Muda, uma rádio livre recém instalada no campus. Nessa rádio, tinha cerca de 60 programas, de diferentes estilos, feitos por estudantes vindos de diferentes partes do Brasil e do mundo. Mais do que qualquer influência individual, foi essa convivência e troca de informações que me fez acordar pra cena dos DJs, e em 1995 me tornar um deles". DJ PAULÃO

"Derrick Carter. O vi pela primeira vez em 1999. Pela construção do set, toda a alma do house com pitadas de techno, texturas, electro, conseguindo na pista um efeito que atinge diretamente sua alma, corpo e mente. Super dançante e cerebral". RENATO RATIER

"No final dos anos 90 ganhei de presente uma fita cassete da mixtape King of Diggin vol. 1, do DJ Muro de Tóquio. Ela me mostrou um novo estilo em apresentar sons, esbanjando. O material é extremamente raro, com muita fartura, tocando apenas os trechos interessantes das músicas e sempre cortando para outra rápido. Ele é conhecido como o "Rei do Garimpo", respeitado principalmente em Nova York pela cena de DJs colecionadores e produtores da cidade que é a meca do hip hop. Ele teve preocupação de entender e adquirir os LPs e compactos que fazem parte da história do rap e desvendou todas as sampleadas. Em seu país o jovem DJ segue ele como referência. Meu primeiro mix internacional foi lançado no Japão com recomendação dele, muito bom ver essa energia circular. Aliás, estou procurando parceria para trazê-lo para o Brasil nesse ano". DJ NUTS

Quando penso em um DJ, sem dúvida minha maior referência de todos os tempos é o KL Jay. O Kleber quando poem as mãos nos toca-discos eleva a música a um plano totalmente espiritual. As pick-ups são simplesmente extensão do corpo dele! Ele me ensinou através das bases dos Racionais o que é Curtis Mayfield, The Meters, WAR entre outros grupos de funk soul numa época onde a internet não era tão presente em nossas vidas e o acesso a esse tipo de música estava nas ruas do centro de São Paulo. Um dos lugares onde aprendi muito era uma loja de discos que ele frequentava também. Se chamava Gordus Discos, atual loja do Tony Hits, onde trabalhava o Gordo e o DJ Célio Silva, outra grande inspiração. Aprendi muito com esses caras, ouvindo e compartilhando histórias e hits da época com discotecários dos bailes nostalgia da cidade. Aquele ambiente foi uma fonte inesgotável de cultura musical. Gostaria de exaltar também o DJ Nuts, outro nome importantíssimo que pra mim foi crucial, não pelo estilo rap mas sim pela sua vasta pesquisa de obscuridades nacionais sempre presente em suas mixtapes. Sua técnica impecável, aliada à sua criatividade, abriu um novo caminho, um universo inexplorado da música brasileira. Só tenho a agradecer, obrigado, professores!'' DJ ABUD

No topo, Seu Osvaldo, o primeiro DJ do Brasil, discotecando num serato.

Foto: Felipe Larozza

Todo artista, por mais fera que seja, sempre tem uma pequena lista na cabeça de outros nomes que o influenciaram diretamente ou nomes que simplesmente admira. Hoje, 9 de março, é o Dia Internacional do DJ. A data, celebrada desde 2002 por uma iniciativa da UNESCO, nasceu com o objetivo de estimular os DJs a doarem parte de seus cachês no mês de março para instituições de caridade assistidas pelas fundações World DJ Fund Foundation e Nordoff Robbins Music Therapy. Além desta nobre proposta, para nós é também a deixa perfeita para matar a curiosidade e descobrir quem são os DJs preferidos dos nossos DJs preferidos.

Leia mais sobre o Seu Osvaldo

"Meu DJ preferido foi o Diplo, em 2008/2009, quando eu, digamos assim, despertei para a música eletrônica, porque eu curtia muitos estilos de pista, mas não a cultura DJ, como passei a gostar depois de ouvir o set do Diplo nessa época. Hoje, quando eu escuto os sets dele, nem gosto tanto, ele perdeu esse posto. Se eu tivesse que escolher um DJ preferido hoje seria o Jhonny Ice, do Heavy Baile. Tenho achado todos os sets dele matadores". LEO JUSTI

"Um DJ internacional seria o Afrika Bambaataa, pelo seu histórico de produções e por ser influencia total em meu som. E nacional, são tantos (risos). Mas posso dizer que gosto da trinca Marky, Nedu Lopes e Zegon. Todos pela técnica e pelo som que fazem. Eu curto as mixagens do Marky; as viradas e misturas do Nedu e a versatilidade do Zegon". MAURO TELEFUNKSOUL

"Me identifico e me inspiro muito no Dave Clarke. Muito do estilo dele tem a ver comigo em vários quesitos. Tanto na parte técnica como no sentido de musicalidade mesmo. Sou um artista diversificado, e ele também, com uma identidade muito própria e uma pegada anos 80, electro e techno, que sempre foram as minhas bases". DJ MAGAL

"Um cara que foi fundamental para que eu deslanchasse na carreira e nos experimentos com scratch em vinil foi o Easy Lee. Até vê-lo tocar, eu achava que só rolava de fazer scratches em vinis gringos, usando aquelas bases já manjadas. Mas aí chegou o Easy Lee e mandou um scratch usando uma faixa do Tim Maia, "Você Mentiu". Ali eu percebi que dava pra fazer scratch com música brasileira e isso foi um puta salto na minha formação artística". KL JAY

"Sem dúvida a influência mais importante no meu estilo de tocar foi espelhada em caras como o Carl Cox. Por tudo o que ele já vez, as inovações que já propôs, e pelo fato de estar na ativa até hoje produzindo coisas de qualidade e relevantes. Tenho uma grande admiração por esse cara. Ele é, afinal, o rei do techno. The King! (risos)". ANDERSON NOISE

"Me lembro bem da época em que frequentava o Rose Bom Bom, quando ainda entrava nos clubes com 'fake ID'. Numa das vezes, escutei pela primeira vez 'M.A.R.R.S. - Pump Up The Volume' e fui até a cabine descobrir quem era o DJ que estava no comando das picapes. Foi quando conheci o DJ Magal. Depois fui escutá-lo em diversos outros clubes e festas. Além do Magal, o Renato Lopes também teve uma enorme participação na minha formação musical de pistas. Principalmente na época em que frequentava o Stereo (hoje, D-EDGE). Tenho saudades de vê-los no comando novamente". GUI BORATTO

"Um DJ que eu pago muito pau é o D-Bridge, ele tem uma seleção sempre à frente, sem precisar necessariamente ser avant-garde. Aprendi muito ouvindo não só ele como as coisas que ele toca e lança pelo seu selo, Exit Records. Sem falar que ele está sempre colocando um novo elemento ou elevando o jogo do drum and bass, um gênero que, pra muitos, "já morreu", mas sua própria gravadora e sets mostram que tem disposição e energia o suficiente pra se manter atual". SANTS

"DJ Naldo, morador da Vila cruzeiro, um dos Pioneiros do Baile da Chatuba. Com esse, sim, aprendi muita coisa!". BYANO, DJ DO BAILE da CHATUBA

"Quando vi o Ricardo Guedes tocar na matinê da Contramão, eu devia ter uns 12, 13 anos, aquilo mudou a minha vida. Eu já discotecava, comprava discos, mas não ia em clubes. Daí meus amigos me levaram lá e eu fiquei impressionado. Da passarela dava para ver o DJ na cabine suspensa, um pouco abaixo da passarela. Eu curti tanto o som dele que pensei, 'tenho que um dia tocar no mesmo nível ou melhor do que esse cara!'. E era muito louco porque eu ficava sacando os discos que ele ia pegando pra tocar, cada disco, eu já tentava ver o nome pra ir atrás. O set do cara era fenomenal. E a maneira dele conduzir a pista também me influenciou. Sem contar com aquela coisa de ser polêmico, falar bobagem, que eu também peguei dele (risos). No começou eu virei até uma cópia do cara, depois fui pegando um estilo mais pessoal. Ele foi o primeiro cara a tocar Public Enemy num clube do Tatuapé, numa época em que não rolava rap na pista. Inclusive foi muito gratificante quando ele me viu tocando e veio me elogiar. Ele e o DJ Vadão, também, foram fundamentais na minha carreira". DJ MARKY

"Eu admiro o KL Jay por trabalhar com ele, por ser meu amigo e por ele ser DJ do grupo de rap que é a minha maior referência nacional, o Racionais. Com ele, eu aprendi a ser livre, aprendi a tocar o que eu quiser desde que goste do som que estou tocando". DJ TYPÁ

"Apesar de tocar muito em festas de música brasileira, latina e africana, minha discotecagem, na parte técnica, é totalmente influenciada por DJs de house e disco music americanos. Gosto muito do uso de loops que alongavam as introduções das músicas para criar mais impacto na pista, como os DJs faziam antigamente. Gosto de usar a equalização e efeitos de delay durante as mixagens e gosto de mixagens longas. Não sou muito fã de scratches e mixagens rápidas, como está tão em moda hoje em dia. Atualmente, o DJ que mais me influencia é o François Kervokian, um dos DJs mais importantes de todos os tempos, tanto em técnica como em repertório. Também já fui bastante fã do Gilles Peterson pelo ecletismo sonoro que ele faz, não pela técnica". TAHIRA

"Cara, Kaytranada é quem eu mais pago pau com toda certeza. Gosto da versatilidade nos sets e nas produções. Os sets sempre contam uma história e, claro, são dançantes pra caralho. Se eu nascesse de novo, queria nascer na pele dele. Kevin Celestin, my hero (risos)". FEFA (INVDRS)

"Seria o Greg Wilson, viu. Esse rapaz é um gênio. Você imagina quantos DJs eu admiro, mas ele, pra mim, é Deus. E se me permite citar um vivo, que é o Greg, e um falecido, seria o Larry Levan, que transformou a música de pista e elevou o DJ a um novo patamar. São meus dois maiores ídolos, but... também gostaria de citar um brasileiro. Sei que é uma resposta esquizofrênica, você pediu um, vou dizer três. Não posso não ficar sem o Marky, porque ele é pra mim a síntese do que um DJ deve ter: inspiração, técnica, sensibilidade, carisma, transpiração, ferveção, paixão, conhecimento, timing. Ele tem tudo. Simplesmente tudo. Acho que é isso. Se não, fico aqui até amanhã (risos)". CLAUDIA ASSEF

"Desde que me conheço por gente, sou fã do DJ Marky (na época que conheci, DJ Marky Mark). Lembro de quando, ainda entrando na adolescência, saia o máximo que podia para prestigiá-lo. Na época, o drum and bass era gigante, marcou tanto que ainda amo muito esse estilo, apesar de tocar house! Após muitos anos de admiração, por sorte do destino, amigos em comum nos apresentaram e então ele foi parar na Soul.set pra prestigiar a festa (imagina minha realização). Daí ele tocou na festa e o resto é história! Hoje somos grandes amigos de pista, estúdio ou audição de discos! O mais louco é que ainda continuo tendo ele como ídolo e acompanhando sempre que folgo e posso estar presente numa pista". LEONARDO RUAS

"Uma dupla que me influenciou bastante no começo da carreira foram os Crookers. Hoje em dia, a dupla se desfez, e o som tá bem diferente, mas era o que eu mais curtia. Conheci a música deles através de outros DJs, já que nunca vieram ao Brasil. Na época, eles me influenciaram no som e nas produções. Alguns remixes bem antigos deles ainda estão no meu set list". DJ LAKA (DIRTY KIDS GANG)

"Tomash e Peter Power são meus DJs prediletos. Eles sabem conduzir uma pista muito bem. Aprendi e aprendo muito com eles. E também gostaria de aproveitar para parabenizar meu DJ de toca-discos predileto, o DJ Akilo, de Pouso Alegre. Tenho sorte. Além de fã, sou amigo de todos eles". ZÉ ROLÊ/PSILOSAMPLES

"Em ordem cronológica: eu comecei a gostar de DJs quando ouvi o DJ Shadow. E só voltei a gostar de DJs quando eu conheci o DJ Rashad". CESRV

"Os caras que mais me influenciaram foram dois amigos. O primeiro é o Guab. Tínhamos noites vizinhas no Milo Garage, então eu ficava sacando os paranauês dele tocando. Foi vendo ele que aprendi a mixar e tal. O outro é o Valeo, um DJ canadense. É um cara que nem tem tocado mais, mas foram alguns sets dele, inclusive um no Neu, que me influenciaram bastante nessa parada do global bass". DAGO DONATO

"O Acid Pauli, porque ele consegue subverter bastante um DJ set de música eletrônica. Ele entra numas pirações musicais singrando direções completamente inesperadas. Ele é meio um nerd gênio do underground". THOMAS HAFERLACH (VOODOOHOP) AKA DJ TOMASH

"Nos idos de 1992, já estudando na UNICAMP, entrei na Rádio Muda, uma rádio livre recém instalada no campus. Nessa rádio, tinha cerca de 60 programas, de diferentes estilos, feitos por estudantes vindos de diferentes partes do Brasil e do mundo. Mais do que qualquer influência individual, foi essa convivência e troca de informações que me fez acordar pra cena dos DJs, e em 1995 me tornar um deles". DJ PAULÃO

"Derrick Carter. O vi pela primeira vez em 1999. Pela construção do set, toda a alma do house com pitadas de techno, texturas, electro, conseguindo na pista um efeito que atinge diretamente sua alma, corpo e mente. Super dançante e cerebral". RENATO RATIER

"No final dos anos 90 ganhei de presente uma fita cassete da mixtape King of Diggin vol. 1, do DJ Muro de Tóquio. Ela me mostrou um novo estilo em apresentar sons, esbanjando. O material é extremamente raro, com muita fartura, tocando apenas os trechos interessantes das músicas e sempre cortando para outra rápido. Ele é conhecido como o "Rei do Garimpo", respeitado principalmente em Nova York pela cena de DJs colecionadores e produtores da cidade que é a meca do hip hop. Ele teve preocupação de entender e adquirir os LPs e compactos que fazem parte da história do rap e desvendou todas as sampleadas. Em seu país o jovem DJ segue ele como referência. Meu primeiro mix internacional foi lançado no Japão com recomendação dele, muito bom ver essa energia circular. Aliás, estou procurando parceria para trazê-lo para o Brasil nesse ano". DJ NUTS

Quando penso em um DJ, sem dúvida minha maior referência de todos os tempos é o KL Jay. O Kleber quando poem as mãos nos toca-discos eleva a música a um plano totalmente espiritual. As pick-ups são simplesmente extensão do corpo dele! Ele me ensinou através das bases dos Racionais o que é Curtis Mayfield, The Meters, WAR entre outros grupos de funk soul numa época onde a internet não era tão presente em nossas vidas e o acesso a esse tipo de música estava nas ruas do centro de São Paulo. Um dos lugares onde aprendi muito era uma loja de discos que ele frequentava também. Se chamava Gordus Discos, atual loja do Tony Hits, onde trabalhava o Gordo e o DJ Célio Silva, outra grande inspiração. Aprendi muito com esses caras, ouvindo e compartilhando histórias e hits da época com discotecários dos bailes nostalgia da cidade. Aquele ambiente foi uma fonte inesgotável de cultura musical. Gostaria de exaltar também o DJ Nuts, outro nome importantíssimo que pra mim foi crucial, não pelo estilo rap mas sim pela sua vasta pesquisa de obscuridades nacionais sempre presente em suas mixtapes. Sua técnica impecável, aliada à sua criatividade, abriu um novo caminho, um universo inexplorado da música brasileira. Só tenho a agradecer, obrigado, professores!'' DJ ABUD

Colaboraram: Carla Castellotti, Eduardo Roberto e Peu Araújo.

Colaboraram: Carla Castellotti, Eduardo Roberto e Peu Araújo.