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Música

Rádio Magma, Edição #6

Todas as quintas, às 20h, os cariocas da Rádio Magma invadem o THUMP com a Rádio Magma. Pega a breja, chega mais e derrete junto com esses novinhos sensacionais.

Mais uma rádio virtual surge para suprir sua necessidade de beats e proporcionar aquele derretimento suave sem aditivos, dessa vez direto do efervescente Rio de Janeiro. A rádio Magma, que nesta quinta (26) transmite sua sexta edição, é comandada pelos novinhos SVRN, Nicco, a_hank e bevilaqua2. Bem, pelo menos foi isso que eles disseram. Mas a real é que existe uma razão para esses nicks meio MSN: a proposta da rádio não é criar nomes, estimular cenas ou lhe entregar uma carteirinha de clube, mas propor uma discussão entre o que tem sido feito e produzido na cena eletrônica do Brasil/internet. E nós do THUMP temos orgulho em iniciar uma parceria com a Magma, semanalmente trazendo para dentro do nosso site a transmissão dos caras, além de novidades sobre a rádio e seus residentes, entrevistas e parcerias com futuros convidados.

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Se liga que agora às 20h rola a sexta edição da rádio via Mixlr (confere o evento aqui), e você pode ouvir os podcasts anteriores na página da Magma no Mixcloud. Para apresentar um pouco de quem faz a rádio, e porquê fazem, saca essa entrevista que a gente fez com eles via e-mail.

THUMP: Quem faz a rádio, e de onde são? Podem falar um pouco do background musical de cada um?
Magma: Somos 4. SVRN, Nicco, a_hank e bevilaqua2. Todos do Rio de Janeiro.

a_hank: Tocava em bandas de hardcore aos 15, produzindo rap aos 17, com fortes tendências ao eletrônico desde os 20.

Nicco: Lá pelos idos de 2000 e Pendulum, eu enchia tanto o saco do pessoal do drum'n'bass aqui do Rio para tocar que acabou rolando. Depois passei um tempo tocando em um monte de lugares aqui sob outra alcunha, até que há uns dois anos resolvi focar no meu emprego e praticamente parei de discotecar. Como meu gosto musical mudou bastante de uns tempos pra cá, não valia a pena continuar com o mesmo nome.

SVRN: Eu escuto muito Placebo, mas assim, muito mesmo, acho que isso quer dizer alguma coisa, só não sei o que.

Quando começaram a rádio e por que?
Magma: Começamos a rádio porque estava ficando complicado sair à noite para ouvir exatamente o que queríamos. A internet tem esse potencial de arruinar as pessoas. Sabendo como procurar fica fácil acessar o crème de la crème, basta ter bons filtros. E uma vez mimado não dá pra voltar atrás. Decidimos fazer algo a respeito.

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O que acham de rádio convencional x rádio virtual?
Uma rádio convencional acaba fazendo concessões com relação à programação por N motivos (os quais eu poderia resumir meio porcamente como "uma rádio convencional está ali para fazer dinheiro"), enquanto uma rádio virtual não precisa se comprometer em nenhum aspecto para funcionar: o custo para se transmitir é baixíssimo e o alcance hoje em dia é o mesmo, se não for maior.

A rádio virtual consegue viver sob a égide da experimentação, o que é lucro para os dois lados. Nós tentamos coisas novas e propomos novas ideias, enquanto o ouvinte tem contato com coisas novas, que normalmente não teriam tanta exposição. Então ele pode confortavelmente agarrar aquilo que lhe agrada, sem muito compromisso.

Qual a proposta da rádio?
A proposta é iniciar uma conversa, puxar papo. Tem muita coisa rolando por aí, e muita coisa boa. Estando longe das grandes Meccas culturais, o mínimo que podemos propor é uma digestão coletiva com muito amor. Wstamos migrando o projeto da rádio para também termos uma versão presencial da Magma, que também vai ser mensal. Assim, quem quiser pode vir compartilhar o amor conosco.

Quem serão os convidados e quais os critérios para serem escolhidos?
Traremos convidados que nos interessem pelo que trazem à conversa. Nada de elitismo, não precisa tocar um certo gênero ou de uma certa maneira. A ideia é fortalecer conexões com o que rola por aí e abrir uma conversação entre sons e propostas musicais.

Que outras rádios/canais de transmissão vocês curtem?
Metanol.fm, Boiler Room, Electronic Explorations, os podcasts do Resident Advisor, do The Black Dog, NTS Radio, JUST JAM, e uma ou outra edição do Modular People.

Quem faz o visual?
Fazemos tudo em conjunto, mesmo. Juntamos uma galera para fotografar umas bolas de cera derretendo e foi basicamente isso. O logo foi feito pelo Nicco.

De que lugar fazem a transmissão?
Temos um ponto no Rio de Janeiro que supre todas as nossas necessidades de equipamento, vibe e cerveja.

Qual é o futuro da música eletrônica?
Só Carl Sagan (ou John Cage) sabe. Mas a julgar pela maneira que as coisas estão caminhando, estamos bem empolgados. <3