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Música

Bruno Abdala revê sua relação abstrata com a música tradicional em 'nascido árido'

O álbum do artista sonoro goiano é o segundo do projeto "the zuuum made me do it", e sai pela Propósito Records.

Ao final de 2015, o artista sonoro Bruno Abdala lançou o projeto "the zuuum made me do it". O primeiro disco, zuuum, foi feito para apresentação no projeto de música e audiovisual da produtora Brava na Galeria Olido, no centro de São Paulo, entitulada Sertão ∞ Saara. Tratava-se, na verdade, de uma colaboração entre Abdala, os também goianos Pedro Marques (músico) e Kboco (artista plástico) e paulistano Iago Mati; que tentavam, juntos, traçar as semelhanças entre o Cerrado Brasileiro e a África Subsaariana. Para isso, Abdala fazia uso de diversos samples de sons da natureza e de instrumentais um tanto folk.

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Em seu novo projeto, nascido árido, lançado nessa sexta (16) também como "the zuuum made me do it", o artista volta a essas sonoridades mais tradicionais. Abdala nasceu no interior de Goiás, na cidade de Catalão, onde o laço com esse tipo de música é forte e se manifesta pela Congada, uma tradição cultural e religiosa de povos afro-brasileiros. "Funciona como uma forma de introspecção, conectividade comigo mesmo, mas tudo de uma maneira meio abstrata e particular", conta.

Quando começou a compôr nascido árido, em maio, Abdala tinha em mente uma apresentação que faria junto ao artista Thomas Röhrernuma mini-edição do festival Novas Frequências, que aconteceria em agosto — que eram menos eletrônicas e mais voltadas para o duo. "O festival de agosto foi cancelado e eu me vi com as composições, aí voltei a ouvir o zuuuum vol. 1. Vi que [o novo disco] tinha essa mesma característica de ir da introspecção para celebração, sem perder essa questão de trabalhar com ritmos e música tradicional religiosa", diz. Após trabalhar em novas sequências para compôr o projeto, ele finalizou nascido árido.

Ouça o álbum, que sai pela label de Abdala, Propósito Records:

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