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Música

‘Campo Estático’, do Paulo Dandrea, é uma viagem de loopings progressivos

O novo trabalho do produtor paulistano traz faixas que exploram os padrões repetitivos da música eletrônica.

Campo Estático, o terceiro trabalho do músico e produtor Paulo Dandrea, pode ser entendido como um substrato das ideias e conceitos expressos em seus trabalhos anteriores. Apostando em menos variações de tempo e frases mais longas, ele tenta uma aproximação a um tipo de eletrônica mais elíptica, repetitiva. Se nos outros álbuns Dandrea assumia uma liberdade que o permitia sobrepor as estruturas, aqui ele preserva as bases por mais tempo sem deixá-las desinteressantes. Daí o nome da obra, grifando esse conceito de explorar as estruturas cíclicas da melodia. "Uma pesquisa de como eu poderia colocar vários elementos na música e, ao mesmo tempo, dar a impressão de que ela não se movia no tempo. Seria um campo, no tempo, estático", explica ele sobre a ideia motivadora.

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É inútil a tentativa de categorizar esse tipo de eletrônica em termos corriqueiros. Paulo Dandrea, em resumo, faz um som que constrói paisagens criativas, progressivas, que podem remeter ao abstrato ou ao geométrico. "Ouço muito R.I.O. (rock in opposition), zeuhl e art-rock. São gêneros do rock, mas sou uma versão eletrônica disso, acho", diz a respeito das influências. Das faixas que compõem o repertório, "One Man Wrecked Spaceship" é a mais densa — uma gravação alterada do irmão do Paulo tocando pandeiro, acrescida por sintetizadores digitais; enquanto "High Hatching" e "Static Music Field" surgiram de uma série de loopings de várias músicas e sons de sintetizador.

Já a eletroacústica "Puppy Planet Percussive Stomach" tem uma história especial: nasceu do áudio de um vocal da convidada Marcela Lucatelli, que foi todo contorcido e reconstruído. "Ela tinha umas gravações. Ela sempre destrói. Com a quantidade de sons que ela faz com a voz, mais a emoção que põe no que faz, era certeza de encontrar uma porrada de material bom pra samplear", revela o artista. Então a Marcela enviou um monte de coisas para ele trabalhar em cima, e como a ideia era usar só voz, casou perfeitamente. "Um dia faço uma música à altura da quantidade de possibilidades que a voz dela tem", garante.

Campo Estático, o terceiro trabalho do músico e produtor Paulo Dandrea, pode ser entendido como um substrato das ideias e conceitos expressos em seus trabalhos anteriores. Apostando em menos variações de tempo e frases mais longas, ele tenta uma aproximação a um tipo de eletrônica mais elíptica, repetitiva. Se nos outros álbuns Dandrea assumia uma liberdade que o permitia sobrepor as estruturas, aqui ele preserva as bases por mais tempo sem deixá-las desinteressantes. Daí o nome da obra, grifando esse conceito de explorar as estruturas cíclicas da melodia. "Uma pesquisa de como eu poderia colocar vários elementos na música e, ao mesmo tempo, dar a impressão de que ela não se movia no tempo. Seria um campo, no tempo, estático", explica ele sobre a ideia motivadora.

É inútil a tentativa de categorizar esse tipo de eletrônica em termos corriqueiros. Paulo Dandrea, em resumo, faz um som que constrói paisagens criativas, progressivas, que podem remeter ao abstrato ou ao geométrico. "Ouço muito R.I.O. (rock in opposition), zeuhl e art-rock. São gêneros do rock, mas sou uma versão eletrônica disso, acho", diz a respeito das influências. Das faixas que compõem o repertório, "One Man Wrecked Spaceship" é a mais densa — uma gravação alterada do irmão do Paulo tocando pandeiro, acrescida por sintetizadores digitais; enquanto "High Hatching" e "Static Music Field" surgiram de uma série de loopings de várias músicas e sons de sintetizador.

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