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Música

O Primeiro Álbum do Sugar Crush É um Verdadeiro Foda-se aos Gêneros Musicais

Dividido em duas partes, ‘New World Disorder’ inaugura os trabalhos da Dirty Kidz Records.

O primeiro álbum da dupla paulistana Sugar Crush, que também é o inaugural lançamento do selo Dirty Kidz Records, chega pesado. No som e na ideia. O Rodrigo e o Samuel estão divulgando seu New World Disorder acompanhado de um manifesto que diz: "F***-S* todas as regras, F***-S* todas as barreiras, F***-S* a divisão, F***-S* o que você acha ser bom ou ruim, F***-S* o que dizem sobre a música ser pop ou underground. Nós fazemos parte de um novo time, um pequeno, mas forte exército que nasceu para quebrar todo e qualquer tipo de gênero musical. Nós somos a força - nós somos a única esperança - nós somos a luz na escuridão - nós somos a 'NOVA DESORDEM MUNDIAL'." Pode soar pretensioso, mas é aí que está o barato da coisa. O Sugar Crush é um subproduto do pós-tudo, e eles acham isso inspirador.

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Como dois sujeitos que ficam o tempo todo na internet, eles não veem razão para que o consumo e a produção cultural ainda sejam imbuídos de tantos preconceitos. Para o Sugar Crush, a adesão fundamentalista das pessoas a um ou outro estilo de som tem mais a ver com a construção de uma identidade social do que com qualquer outro lance. O manifesto dos caras vê nisso uma babaquice que precisa acabar. "A nossa luta é para romper as barreiras que existem entre as vertentes e botar um fim nessa coisa de: 'O Sugar Crush é uma dupla de DJs e produtores de trap'. Nós não somos uma dupla de trap, e sim uma dupla de DJs e produtores de música", eles escreveram no e-mail que acompanha o embed do álbum.

Depois dessa, nem me sinto mais no direito de mandar aquele costumeiro name-dropping com meia dúzia de tags eletrônicas para descrever o trampo deles, mas não me furtarei de elencar algumas referências, como Astronomar, Andy Milonakis, Sants, Carnage, Flying Buff, Sexistalk, RL Grime, ETC!ETC! e Black Boots. New World Disorder foi pensado como um álbum duplo, e a segunda parte, que terá faixas em colaboração com outros produtores, participações de MCs e uma variação de 90 a 175 bpms, às vezes no mesmo som, será lançada daqui a exatos 45 dias. Entre as colaborações do volume dois, a dupla já nos adiantou alguns nomes: Viní, Flying Buff, Moffo, Rapa da Godoy (RDG – grupo da Fundão, Capão Redondo), Jimmy Luv, Iccarus, Ferdi Gi, Brael e mais uma galera do hip-hop, do baile funk e do drum and bass.

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