Depois de um Carnaval de rua cheio de medidas proibitivas e limitadoras impostas pelo prefeito João Doria (PSDB); uma Virada Cultural com os palcos principais no Autódromo de Interlagos; e a intensificação de uma série de dificuldades que as festas de rua já vinham enfrentando para acontecer desde 2015 — que culminaram num ato-rave da Mamba Negra em maio deste ano —, confessamos que tínhamos nossas dúvidas se a quarta edição do SP na Rua, evento gratuito que reúne diversas festas independentes de São Paulo, ia rolar sem muitos problemas em 2017. Mas rolou sim: na virada do último sábado (28) pro domingo, mais de 40 coletivos ligados à noite paulistana ocuparam os entornos da praça da Sé, largo São Francisco e Vale do Anhangabaú, levando música, performances e intervenções artísticas às milhares de pessoas que apareceram durantes as 12 horas de festas espalhadas pelo Centro da capital paulista.
Publicidade
Com menos tendas — foram 20 esse ano, contra 25 em 2016 — e mais geograficamente concentrado no centro, esse foi o primeiro SP na Rua sem a (agora, ex-) diretora de eventos da Secretaria de Cultura da Prefeitura e idealizadora do festival, Karen Cunha. Também diferente do último ano, o festão aconteceu no final de outubro (não no começo de setembro) e serviu de encerramento do Mês de Cultura Independente — e não de abertura, como vinha sendo desde 2014.Mais uma vez, festas como Mamba Negra, ODD, Metanol FM e Vampire Haus foram as "atrações principais" do rolê, principalmente pra quem queria curtir techno e house. Mas, mantendo a pluralidade da programação, de novo, não faltaram opções de palcos para aqueles que estavam a fim de ragga (Feminine Hi-Fi + Sound Sisters), funk, R&B, trap (BATEKOO + Animalia) ou brasilidades (VENGA!, VENGA! + Pilantragi). A nossa fotógrafa Larissa Zaidan colou e fez uns registros bonitos (outros nem tanto) da madrugada preferida dos fritos de São Paulo. Veja abaixo: