Muita Lama e Curtição nos 19 Anos do XXXperience
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Música

Muita Lama e Curtição nos 19 Anos do XXXperience

Veja em texto e fotos como foi o segundo capítulo da trilogia de aniversário do festival que rolou em meio à chuva e nem assim morgou o rolê dos ravers.

Dezenas de ônibus chegam à Arena Maeda com ravers de todo o Brasil. A descrição pode fazer você se lembrar da primeira edição do Tomorrowland no país, mas muito antes do festivalão desembarcar por aqui, o XXXperience, festival que teve início em 1996, já arrastava uma legião de aficionados por eletrônica para Itu — o rolê organizado por Erick Dias e Edson Bolinha acontece no interior paulista desde 2010, ano em que reuniu cerca de 30 mil pessoas vindas de vários lugares do país para a sua primeira grande edição.

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No último sábado, dia 14, aconteceu a 19ª edição do XXXperience, o segundo capítulo da trilogia que em 2016 irá culminar nos 20 anos de um dos mais longevos festivais eletrônica no Brasil. Como bons ravers, colamos no rolê que teve mais de 12 horas de som, 44 atrações, quatro palcos e reuniu 20 mil pessoas. Apesar da chuva durante toda a madrugada, a nação raver aguentou firme. A grama virou um grande mar de lama que parecia mais um adereço do que um impedimento à fritação — todo mundo abraçou a ideia e se jogou (literalmente) no meio do barro.

Leia: "Entrevistão com Erick Dias e Edson Bolinha, Organizadores da XXXperience"

No palco principal, o Love Stage, rolou EDM no talo com um set de duas horas do Armin van Buuren, Romeo Blanco, Don Diablo e outros nomes importantes da cena. O Peace Stage teve uma escalação dedicada especialmente para os amantes do trance, prog e psy. Foi lá que a gente viu o sol nascer e quase fomos abduzidos pelo som do rei astrix. A turma do house e do techno também não ficou de fora. Com curadoria do Beatport, o palco Union contou com sets de Joseph Capriati, Danny Daze e outros.

Um ponto que deixou a desejar no festival foram os preços cobrados pelos insumos básicos de um raver: água, cerveja e parque de diversões. Os valores, diga-se, estavam beem salgados: R$7,50 numa mini garrafa de água, R$10 numa latinha de cerveja de 265ml e R$60 pra dar uma volta numa roda gigante meia-boca. Apesar disso e do pouco policiamento, o evento, é preciso dizer, rolou na santa paz do oba-oba: organizado e com fácil acesso ao local.

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Leia: "Por que o Beatport Tem um Palco Inteiro na XXXperience Desse Ano?"

A estrutura dos palcos do evento era bem mais simples do que o de grandes festivais como o Tomorrowland (a primeira edição brasileira do festivalão belga também rolou na Arena Maeda, em Itu). Mas, o mais importante, é que o foco do XXXperience parecia mais na música propriamente dita do que no sem números de pirotecnias proporcionados pela organização faraônica de outros grandes festivais de eletrônica.

Inclusive, a qualidade do som era impecável. O público bem variado, composto por fritantes profissionais, cada um curtindo do seu jeito, sem ninguém julgar ninguém. O XXXperience, de fato, foi uma ótima experiência para se desprender do mundo, poder ficar com cara de louco e ainda se sentir normal.

Nós aguentamos firme até o final, dançando muito ao lado dos sobreviventes. Saímos de lá com lama até os joelhos e muitas histórias pra contar. As fotos abaixo revelam um pouco delas:

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